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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
http://twitter.com/#!/luzia48

Direitos autorais registrados na FBN

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Hoje, o Escritor português José Saramago, 87 anos de idade, partiu para a Luz Maior, deixando-nos, como herança, uma importante obra literária, escrita em prosas e versos.

sábado, 12 de junho de 2010

MEU CORCEL COR DE PRATA (DO MESTRE ODIR MILANEZ CUNHA)

    MEU CORCEL COR DE PRATA Rondel I – Odir, de passagem (À poeta LUNA) 
     
Cavalgo o meu corcel da cor de prata,
procurando a passagem do horizonte.
Venço o verde do mar, corto cascata,
folgo meu fardo no frescor da fonte.  
     
O roçar dos arreios me maltrata.
Descanso o corpo e corro pro remonte.
Cavalgo o meu corcel da cor de prata,
procurando a passagem do horizonte.   
   
Trotando em chão de pedra sigo à cata
da linha imaginada a mim defronte.
Como se fora franca passeata
por sobre a serra, por detrás do monte,
cavalgo o meu corcel da cor de prata.    
   
Fiquei muito feliz com a vista do poeta ao meu Blog e honrada com a poesia postada. Mil beijos ao poeta.
Luzia 

Gostando de Gostar




Gostando de Gostar

Eu gosto de gostar do teu carinho,
e também amo a paz do nosso amor.
Juntos, percorremos todo caminho
Em vôos altos como os de um condor.

Tuas mãos, tão suaves como arminho,
me aquecem como o sol com seu calor.
Eu gosto de gostar do teu carinho,
e também amo a paz do nosso amor.

Teu olhar me chega devagarzinho,
como cor e a ternura de uma flor.
E, por isso, eu tempero como vinho
o dia-a-dia desse nosso amor.
Eu gosto de gostar do teu carinho.

Luzia Cardoso (Luna)

Uma doce interação ao poema "Vida em Perfeição", do Mestre Rubenio Marcelo.

Contigo no Corcel Cor de Prata




Contigo no Corcel Cor de Prata

(Ao Poeta Odir )


Cavalgo contigo no corcel cor de prata,
para poder amar além do horizonte.
Um arco-íris vem nos fazer serenata,
jorrando muitas cores em forma de fonte. 



O espelho do mar, querendo nos ver, refrata
toda luz que emitimos sobre cada monte.
Cavalgo contigo no corcel cor de prata,
para poder amar além do horizonte 



Quando a alvorada chega, estrelas contrata,
para fazer a ponte desse sonho lindo.
Somos eternos, e nada nos arrebata
de viajar pelo infinito, reluzindo.
Cavalgo contigo no corcel cor de prata.


Luzia Cardoso


Em uma lúdica interação com o Mestre Odir Milanez da Cunha (Meu Corcel Cor de Prata).

Sangrando


Sangra esse pobre coração partido
em torrentes de dores pelo prado.
Chora, foi pelos espinhos ferido,
ao ver-se pela rosa abandonado.

Grita, na febre alta do momento.
sob o silêncio voraz desse açoite.
As chagas se abrem, nesse tormento,
para tornar eterna essa noite.

Ora, suplica as graças do retorno.
Àquela que foi o seu benquerer,
promete a luz da lua como adorno.

Cala, pois não sente o amanhecer.
E na madrugada, que chega fria,
não vê o amor em sua poesia.

Luzia Cardoso (Luna)
RJ/ 04/05/2010 
 
Interação com a poesia de Luis Carlos Mendías, "Corazón Herido"

Emoções




 
Emoções

Voando nas fronteiras do absurdo
Eu me vi mergulhando em Plutão.
Dei saltos mortais em um denso burdo,
revigorando a minha emoção.

Brincando, eu cheguei lá em Saturno,
para colher flores em seus anéis.
Com as cores, molhei os meus pincéis,
e pintei muitas folhas no colurno.

Eu sorri quando escorreguei com arte,
no planeta vermelho de paixão.
Eu fiz rapel nas crateras de Marte,
Viajando por toda imensidão.

Luzia Cardoso (Luna) 
 
 
 
 

Uma viagem através da poesia "O Absurdo Criando Emoção", do Mestre Manezinho de Icó.




Futepoesia

FUTEPOESIA

É muita raça nessa futepoesia,
com atacantes que nos brindam com golaços,
e colorindo nossos dias com alegria,
fazem com rimas os “olés “ nesses espaços.

Temos Odir, um artilheiro dos sonetos
E na tabela, Herculano e Rubênio.
Vem driblando o Damião com os quartetos
Com Damião... vai Manezinho... Mas que gênio!


Nos versos livres com Fernando é só gol.
Vilma e Edvaldo também batem um bolão,
com a Marli, passes com graça, dão um show.

Vem Eliane com a Rosa pro salão,
chamam Patrícia pro seu toque de harmonia
E somos HEXA nesse campo d'estesia.

Luzia Cardoso (Luna)


Em interação com o poema do Mestre Odir Milanez da Cunha (Futessoneto), faço homenagens aos poetas e poetisas da Casa do Poeta e do Poesía Pura. Infelizmente, pela métrica própria ao soneto,o nome de todos não pode ser inserido na poesia, contudo, está sendo dedicado a todos os escritores desses sites.

O Vício do Carteado

Pudera não entrar mais nesse jogo
de cartas que nos trazem tanto mal.
Tem damas, reis e valetes que logo
mostram destrezas no vício fatal.

Pudera não marcar mais esse jogo
com pecados que tento reprimir.
Iras, gulas, paixões a que me entrego,
por não buscar, de fato, resistir.

Pudera não ter mais ninguém no jogo
que larga pessoas no vendaval
guiadas por sentimento letal.

Pudera, então, desfazer o jogo,
com atos de amor e compaixão,
levando paz a quem perdeu o chão.

Luzia Cardoso (Luna)

Esse poema foi fruto da emoção sentida após a leitura dos brilhantes poetas Rubenio Marcelo ("As Cartas Marcadas do Pecado") e Odir Milanez da Cunha ("As Cartas do Pecado").

Um Sopro D'Outono

É fim de tarde e o sol poente
leva às folhas um tom alaranjado.
Ensimesmada, vejo à minha frente,
marcas tristes, no meu rosto cansado.

As folhas caem, doce esperança,
penso nos sonhos que eu deixei voar.
E anoitece, quando a lua lança
sua cor de prata sobre o meu mar.

Ventos d'outono varrem o meu peito,
trazendo as àguas para o meu olhar.
Já cabisbaixa, ser tão imperfeito,

me entrego ao leito, desisto d'amar.
E a madrugada no meu corpo entra,
e o apaga como se fosse letra.

Luzia Cardoso (Luna)
RJ, 03/05/2010
Em interação com as poesias de Vima Piva ("Outonal") e Odir Milanez da Cunha ("A voz do Outono"), brilhantes poetas por quem nutro grande admiração.



 Poesia publicada pela CBJE/RJ - Plenitude / Versos de Encantamento - Edição 2010 

Galopei no Vento


Eu galopei no vento, foi em vão,
pois, não cheguei ao encontro marcado.
Não consegui sentir a emoção
de ter você comigo abraçado.

Então, chorei, fiquei na solidão,
mas eu queria você do meu lado.
Eu galopei no vento, foi em vão,
pois, não cheguei ao encontro marcado.

Longe, ouvi uma triste canção,
e me deixei levar pelos acordes
das suaves notas de seu violão.
Ali, lembrei de tantas outras tardes.
Eu galopei no vento, foi em vão.

Luzia Cardoso (Luna)

Interação emocionada com a doce poesia do Mestre Odir da Cunha Milanez, "ESPEREI FEITO CHUVA"
.

Como comentário a minha poesia, no site Poesia Pura, há uma linda homenagem do Mestre Fernando Cunha Lima "Soneto em Sete".

TORMENTOS (Poema Gótico)


Essa tristeza que me envolve, taciturna,
que me embriaga com um vinho tão amargo,
E essa água que me afoga e que eu trago,
 atormenta-me, fechando-me numa urna.

Então, enluto, no meu canto, sou noturna.
Lua minguada, já sem brilho, sem mais nada.
Eu sou a chuva de uma estrada apavorada,
cujo lamento me arrasta e me enfurna.

Esvaziada, solitária em minha tumba,
vou me enterrando cegamente nessa lama.
Eu sou as cinzas que ninguém nunca reclama.
Dança maldita, descompasso dessa rumba.

Sou o inverno do inferno que me bumba,
e me tortura numa rouca solidão.
Louca agonia chega a mim pra dar vazão
a esse pranto que no chão me prende e chumba.


Luzia Cardoso (Luna)
RJ, 09/06/2010

 

Um caso com o Sol


UM CASO COM O SOL

Pois, ouça bem, doce Fernando, o que te digo:
são os teus traços que me levam à fantasia
de viajar pelos teus versos e contigo,
pra encontrar a cor e luz de cada dia.

Se eu sou a lua, tu és sol a clarear
o breu da noite quando invade sentimentos.
A tua lira me convida a bailar
nesses mistérios que envolvem o momento.

Então, poeta, nunca sumas dos olhos meus,
pois essa troca alimenta a minha verve.
Quero ter sempre esses raios que são teus.

Mestre Fernando, peço a Deus que te conserve
e que essa história não termine num ocaso,
iluminando a poesia desse caso. 

Essa poesia nasceu a apartir da interação com o Mestre Fernando Cunha Lima em duas poesias suas: "Cá entre Nós" e "Luzia, Luna, Luma"

Tu me Chamas - Rondel


Tu me chamas - rondel

Tentando, tu me chamas em carne viva,
Raios de sol, dia claro a queimar.
Nos teus versos eu sou tua eterna Diva,
que arde e acende sempre em qualquer lugar.

Os teus desejos descubro, intuitiva,
no percurso que já traço com o olhar.
Tentando, tu me chamas em carne viva,
Raios de sol, dia claro a queimar.

Vou ao céu, eu viro a lua, emotiva,
ondulando nas chamas desse teu mar.
Fundidos, somos a fonte que efetiva
a cascata reluzente a marejar.
Tentando, tu me chamas em carne viva.


Luzia Cardoso (Luna)
RJ, 08/06/2010 

Interação poética com a brilhnte poetisa Vilma Piva, no poema  "No Corpo da Noite".


Inocente Pecado


INOCENTE PECADO

Eu vou colhendo, um a um, esse pecado
que enfeita com poesia a minha tela.
Tão inocente que merece ser catado,
e revivida a alquimia que o revela.

Eu vou guardando cada rima desse lado,
para versar com o pecado que há nela.
Eu vou colhendo, um a um, esse pecado
que enfeita com poesia a minha tela.

Eu vou pensando, com o rosto já corado,
corpos grudados, de paixão.
Tão doce sonho, por magia foi lançado
para levar por esse mundo a emoção.
Eu vou colhendo, um a um, esse pecado.

Luzia Cardoso (Luna)


Essa poesia surgiu a partir da interação com a poesia "Pecado", do brilhante poeta Odir Milanez da Cunha



Refém da Noite




Tão assombrados são teus passos que vagueiam
nas passarelas da imensa solidão .
Só sentes sombras que te cercam e rodeiam,
 empurrando-te, passo a passo, sem perdão.

Tu e teus passos de lamenos solitários,
só fazem coro com as tristezas do inverno.
Lágrimas rolam, transformando-se em rios,
águas tão frias de um pranto já eterno.

Refém da noite se fechando nesse breu,
anoiteceste pro amor da primavera.
Tão solitário passageiro se esqueceu

que há mais flores no canteiro à espera
de que as acolhas junto a ti na poesia,
num só compasso sustentando a alegria.

Luzia Cardoso (Luna) 



Interação poética com o poeta Odir  Milanez da Cunha, na poesia "Noite de Sombras"

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sonetei ABRACADABRA!!!



SONETEI ABRACADABRA


Eu esbarrei em um soneto vaga-lume.
Ele piscava muitas cores sem parar.
Alto voava, na montanha ia ao cume,
e espalhava poesia pelo ar.

Eu me encantei olhando aquele zigue-zague,
e fui seguindo o seu bailado estrelar.
Virando orvalho, vi soar um tring-ling,
caindo à relva, foi formando um colar.

Um doce brilho envolvia-me com magia.
Virando Merlin, lembrava-me o oceano.
Com seu manto, num encanto, decidia
pra onde íamos, jogando mano-à-mano.

E viajei, sem direção, para o espaço,
pegando conchas que dançavam em meu braço. 

Luzia RJ, 09/06/2010


Essa poesia surgiu da interação com o poema Soneto Vagalume do grande poeta e sonetista Manezinho de Icó.

PARA SER FELIZ?



 


Para ser feliz?

O que te falta para ser feliz?
Assim eu te vejo a perguntar.
Quer mudar o rumo, a diretriz,
e nadar em ondas de outro mar?

O que tu queres para ser feliz?
Flertar com estrelas pela janela,
revivendo os momentos juvenis,
e pintar a musa com aquarela?

O que tu doas para ser feliz?
Aquela riqueza tão almejada,
ou a segurança que te condiz?
Se não consegues se libertar de nada,
então, como queres ser mais feliz?

Luzia Cardoso 




Interação poética com o poeta Odir Milanez Cunha, na poesia "O que me Falta para Ser Feliz".


 

quarta-feira, 9 de junho de 2010

NOTURNA


Eu sou a noite de mistérios e perfumes
pelos caminhos dos amantes encantados.
E os presenteio com a lua e meus lumes,
para adornar todos os corpos abrasados.

Eu sou a musa prateada que procuras,
que se esconde lá no fundo de teu sonho.
Chego suave, com desejos de loucuras,
que te revelo no ouvido, pressuponho.

Eu sou a chama que tu clamas em teu leito,
e te acendo com carícias em tua pele.
Quando me queres com amor dentro do peito,

logo me deito em tua cama com paixão
Sob o efeito inebriante de sua pele.
Eu sou a tua mais singela emoção.

Luzia Cardoso (Luna)
RJ, 07/06/2010 




Em interação com a poesia de Marli Franco "Fragrâncias da Noite".


terça-feira, 8 de junho de 2010

Luzia ao vento


 
 
Luzia cavalgando ao vento
Em busca da sua real emoção
No trote levando sentimento
E as rédeas da vida em sua mão.
 
Pelos confins seguindo o coração
Nesse galope procurando alento
Para alimentar sua doce canção
E acalmar sua alma do tormento.
 
Lutando contra outro elemento
Que pode causar dor nessa paixão
O vento é seu caminho atento
 
Pra chegada da plena conjunção.
Bravo galope de pura inspiração
Luzia ao vento no passeio bento. 
 
Manezinho de Icó
 
Soneto dedicado à extraordinária poetisa, Luzia Cardoso (Luna), que além de ser uma poetisa de alta grandeza, é extremamente gentil, simpática e cooperativa. Uma grande soma para esse já maravilhoso sitio, é outra grande estrela, para essa constelação de grandes poetas do Poesia Pura.
http://www.poesiapura.com/poesia/viewtopic.php?t=6081 
08/06/2010
 
 
 
Essa poesia foi escrita por um mestre em poesia, e em especial, em cordéis e postada no site Poesía Pura.


Manezinho de Icó, gentil poeta, continuo envaidecida com a poesia, pois recebê-la foi muito emocionante.

Com carinho, eu te abraço.

Luzia Cardoso

 
 
 
 

sexta-feira, 4 de junho de 2010

MORREU


MORREU

Agradeço a tua indiferença
e dispenso o seu sorriso fingido.
Passo longe de tua lira tensa,
pois eu juro já ter te esquecido.

Eu não te seguirei no twiter,
e já te bloqueei no MSN.
No email, não te quero mais ter.
No Orkut, meu desprezo solene.

Eu até te exorcizei de meu ser,
com ervas e arruda me banhei.
De você, eu não quero nem saber.

Todos teus vestígios eu apaguei!
Até meu antivírus te varreu.
Pois agora pra mim, VOCÊ MORREU!

Por Luzia M. Cardoso

Em interação com a poesia "Tô nem Aí" do Mestre Odir Milanez da Cunha.

PERDEU A GRAÇA

 

Você que me deseja só desgraça,
com versos destila tanta descrença.
Você que exibe marcas onde passa.
“Amigo”, no que faz, você não pensa.

Você que tanto quis me ter por perto
para melhor meus atos controlar.
Com seus emails buscou estar certo
da forma que pudesse me afetar.

Você que tanto mal está plantando.
Sementes de desprezo espalhando...
Te digo: o que faz perdeu a graça!

Terá também um dia que colher
esses frutos serão para você.
Acorda! você já perdeu a graça! 

 

Por Luzia M. Cardoso

Em um riquíssimo diálogo poético com o Mestre Odir Milanez da Cunha, "Você Aí!" e Engraçando Graças", desta como resposta surgiu a minha "Graças Engraçadas".


Ter saúde é um direitu (Política de Saúde no Brasil)


Ter saúdi é um direitu

Cumpadi, eu bem qui sei
apesar de tá na lei
qui Saúdi é direitu,
é na fila que fiquemu,
seja a dor de quarquer jeitu,
inté morrer nois pudemu.

Pru SUS todos nois usá,
a coisa tem qui mudá.
Cumecemu co'a eleição,
não votandu em safadu.
Observá co'atenção
quem é que está du teu ladu.


I num basta só votá,
tem também qu'acumpanhá
tudo qu'eles tão fazendu.
Somus nois qui paga a conta
di todu bem qui é cumpradu
nessa tar di coisa pública.

Tem Conseio di Direitu,
assembléia i parlamentu.
É lá qui tudu aprovam.
Mas u povo tá durmindu,
si queixandu du distinu,
i u dinheiru tá sumindu.

Ver a verba da Saúdi
na cueca é qui num podi.
Prá essa coisa funcioná
todus nois temu qui ter
muitu mais qui hospitá,
pru corpu num perecer.

Só issu num basta não,
tem a alimentação,
além da educação.
Habitação é precisu
i terra pra plantação
cum guvernu cum juízo.


Por Luzia M. Cardoso 

Diálogo poético com a talentosa poetisa Rosa Régis, "Consulta ao Psiquiátra", Mestre Fernando Cunha Lima, "Consulta ou Com Surto"


João era o meu homi (A saga de uma família de migrantes)





João era o meu homi

Cumpadi qui sina triste
a morte di tua muié.
Botemu dedu em riste
é nu nariz dus coroné

Eu também num tive sorti,
pois eu perdi mó cumpanheru.
Nóis viemu lá du norti,
para u Rio di Janeru.

Veiu eu, ele i dez fio,
nesse sonhu di mudança,
i cheguemu aqui nu Rio
para vivê di isperança.

Nós passemu muita fomi,
vimu muita da tristeza.
Nu Brasil isso tem nomi,
que é a tar da safadeza.

Toda a riqueza qui nóis vê
somu nóis qui produzimu,
mas vem dotô qui sabi lê
diz: - É meu! Acreditemu.

I foi nessa dura lida
qui u meu homi sucumbiu.
Trabalhô duru na vida,
du andaime ele caiu.

Labutava di pedreru,
dia di sór i di chuva.
Saia sempri ligeru,
i num durmia na curva.

Foi qu'um dia sem cumida,
sua vista foi turvada,
a mente infraquecida,
i morreu numa tombada.

I agora, mó cumpadi,
vivo só co mó dez fio.
Nenhum patrão nus acodi,
temu fomi e muitu frio.


Por Luzia M. Cardoso


A MISSÃO DO POETA


A MISSÃO DO POETA

A tristeza dilacera
o coração do poeta.
Essa lança que espeta
sua alma tão sincera.
E sangrando de saudade,
perdeu também a vontade
de contemplar a aurora,
deixando-a só, lá fora.
A tristeza de ir embora,
é o que sente nessa hora.

Vejo que essa saudade,
entristece a poesia.
A flor que ele não via,
e que é uma raridade,
não se abre como rosa,
já que é mais preciosa.
Tens, Poeta, a missão
de trazer para os teus versos
outras cores que estão
em teus sonhos submersos.

Traga, então, na pena crua,
imagens da natureza.
Novas cores, com certeza,
iluminarão a lua,
te trazendo a alegria
E aquela estrela arredia,
deixe lá no coração.
Lembre dela com carinho,
pois outras novas virão,
noutros versos, de mansinho.



Por Luzia M. Cardoso

O SILÊNCIO DO VIOLINO


O Silêncio do violino


Ao som extendido do violino
ouviu-se o tom do último acorde,
lamento, em si bemol sustenido,
que nos braços do músico explode.

A partitura da triste canção,
sozinha em um palco apagado,
virou a espaleira da paixão.
Um som que parecia eternizado.

Sofrendo, a batuta se encosta,
ressentida, em lágrimas e dor,
se refaz do vigor daquela nota.

E jaz uma paixão em agonia,
mas que há muito tempo já sofria,
levando as notas rosas do amor.



Por Luzia M. Cardoso

SABIÁ



Sabiá


Ouvia ao longe, sabiá errante,
com canto doce nas madrugadas
Tinha a viola e muitas amantes
varando a noite, com suas baladas.

Viveu cada dia, intensamente,
atraindo, sempre, novas paixões.
Com a sua alegria displicente,
arrebatava muitos corações.

Sabiá cantava, alvoroçado,
e muitas mulheres o desejavam,
querendo o seu calor apaixonado.

Hoje, sabiá está tão carente,
largou a melodia, de repente.
e calou as cordas que encantavam.

Luzia M. Cardoso

Graças engraçadas

Graças engraçadas

Aqui venho dar graças a você
que me contagiou com teu humor
que engraçando graça me fez ver
as graças que nós temos ao redor.

É de graça olhar a lua no céu,
também o sorriso da criança.
Engraçado é jogarmos ao léu
as nuvens que cobrem a esperança.

Tem muitas graças nesse sol que brilha
iluminando o desenho do traço
da aventura de correr nessa trilha.

Percebes que a graça não perdi,
pois sei que tudo em minha vida eu faço,
como os versos que te deixei aqui.

Por Luzia M. Cardoso

VERSOS DE FEL




VERSOS DE FEL

Eu não entendo, mas tu queres me ferir,
com esses atos que me causam tanta dor.
Ainda ontem, estávamos a sorrir.
Hoje, o que falas destila só rancor.

O que eu fiz para o teu ódio despertar?
O que tu fazes só me causa desprazer,
Por que com fel tu amarguras o meu mar?
Os teus poemas eu já não quero mais ler.

E os meus olhos com profunda tristeza,
vêem a amizade morrer na podridão
das correntes dessa vaidade represa

Não há nem sombras do sentimento d’então
Só há lamentos nessa tua euforia,
e que encerra tua alma na agonia.
 

Por Luzia M. Cardoso


JURAS



 Juras


Hombre y mujer bajo la luna llena,
arrojando juras en las olas del mar,
se enamoran y rollan en la arena 
con las estrellas a declarar.

Agua en la boca en la danza de los peces,
como caricias que corren en el espacio.
Coloridos rayos de luz en haces
danzan en la armonía del compaso.

Fusionado, los dos amantes se pierden 
en las nieblas enviadas por sirenas,
sintiendo la sangre caliente en sus venas. 

Dos almas juntas se enternecen, 
cambiando votos de fidelidad, 
tan propias a los jóvenes de su edad.

Luzia Magalhães Cardoso
Brasileira
Con este poema participo en el tercer Concurso de Poesía de Heptagrama
Tradução: Bernardo Pereira 


                                                                                                                                                                   



Juras


Homem e mulher sob a lua cheia,
lançando juras nas ondas do mar,
se apaixonam e rolam n'areia,
com as estrelas a testemunhar.

Água na boca na dança dos peixes,
como carícias que correm no espaço.
Coloridos raios de luz em feixes
dançam na harmonia do compasso.

Fundidos, os dois amantes se perdem
nas brumas enviadas por sereias,
sentindo o sangue quente em suas veias.

Duas almas juntas se enternecem,
trocando juras de fidelidade,
tão próprias aos jovens de sua idade.


Por Luzia M. Cardoso 


Interação poética com o poema de Fernando Cunha Lima (Nudez no Mar

Te enviei o Sol




TE ENVIEI O SOL

Te enviei o sol, naquele amanhecer
e você, muito encantado, despertou.
Achou que o carinho poderia ser
de sua amada, a quem sempre desejou.

Ao cordar, você logo procurou
a mulher para nos braços envolver
Te enviei o sol, naquele amanhecer,
e você, muito encantado, despertou.

Eu pretendi com os raios te aquecer,
pois, não teria o meu corpo tão sonhado.
Eu queria muito te enternecer.
Assim, eu fiz do astro meu aliado.
Te enviei o sol, naquele amanhecer.

Por Luzia M. Cardoso

Eu te Prometo

 
Eu te prometo...

Eu te prometo... te amar sem pudor,
e sussurrar os meus desejos escondidos ,
para, contigo, ondular no nosso amor,
me entregando a ti, em todos os sentidos,

Eu te prometo... me acender nos teus abraços,
desatinando-te, também, juntinho a mim.
Deixar-me-ei ser conduzida por teus passos,
te enlouquecendo de paixão até o fim...

Eu te prometo... te cobrir com meus carinhos
a começar pelo pescoço... e me perder...
te desviando pelas curvas dos caminhos.

Mas... peço que tu me prometas amanhecer
com a alvorada refletindo em teu olhar,
e teu sorriso, como o sol, a me saudar.


Por Luzia M. Cardoso


VIAJANDO NOS VERSOS


Viajando nos versos

Eu adoraria embevecer-me
todo dia com poesia tua.
Nunca mais apagaria meu lume,

já que brilharia mais que a lua.

Ao ver, nos seus versos, que me imaginas

qual as belas musas do Olimpo,
adornada com as vestes mais finas,
com o perfume das flores do campo,

s
onharia com loucas fantasias
trazidas pelas figuras em chamas,
me queimando em meu lençól lilás.

Com o calor doce de tuas rimas,

esqueceria todo o meu passado,
e voaria em seu cavalo alado.

Por Luzia M. Cardoso


À LUZ DA POESIA



Bom Dia!




BOM DIA!

E a Ave Maria de minha boca sai
como uma forma de te desejar - Bom Dia!
Deixa para trás a dor, o choro - o ai
pois é bendita toda luz que irradia.

Com toda Graça, caminha pra frente... Vá!
Apesar da saudade, não olha pra trás.
Colha os teus frutos, levando-os... Já!
Mas, se for bem terrestre, aqui se desfaz.

O Senhor está contigo, eternamente,
e podes senti-lo no sol, no céu, no ar.
Também nos bons pensamentos que vêm à mente.

Tem beleza em tua volta, é só olhar.
Agora, faz e refaz o teu caminho,
vigiando teus passos, com muito carinho.

Por Luzia M. Cardoso 

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