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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Tecidas Teses



                                                                   Dialogando com o desenho de Fernando Szklo. 











Título do desenho:"Rosas a me Seduzir"

Foto e desenho de Fernando Szklo.



Sugestão de leitura: 

A Mulher Aranha e a Mulher Pensamento. 

A Lenda de Aracne e Atena. 

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

A Montanha e o Sol


A Montanha e o Sol

“Não importa o tamanho da montanha,
Ela não pode tapar o sol.”
(Provérbio chinês)



“Não importa o tamanho da montanha, 
Ela não poderá tapar o sol.” 
Se na planície faz sombra tamanha, 
Atrás da serra há forte farol. 

Por mais que invente qualquer façanha; 
Qu'eleve o cume com frio cerol... 
“Não importa o tamanho da montanha, 
Ela não poderá tapar o sol.” 

Por mais que a noite transborde em sanha; 
Que outras forças se aliem em prol... 
O dia nasce e das trevas ganha. 
O céu se abre aos raios do sol, 
“Não importa o tamanho da montanha. 

Luzia M. Cardoso

domingo, 19 de novembro de 2017

Bonde Desenfreado (Rondó)




Bonde Desenfreado (rondó)


Rataria forma o bonde!
A mão grande não esconde.
Em conluio com os gatos,
Normatiza os assaltos
E quem sofre não responde.

Nas planícies, nos planaltos,
Rataria forma o bonde!
A mão grande não esconde.

E rói tudo a custos altos,
Sem temer força que a ronde,
Já que é sócia de arautos.
Rataria forma o bonde!
A mão grande não esconde.

Luzia M. Cardoso

sábado, 18 de novembro de 2017

Com as Honras da Casa (Rondó)



Com as Honras da Casa (Rondó)



Gaviões comem primeiro!
Galos papam o dia inteiro.
Dez por cento da ração
E mais dez da criação 
Quando entregam o galinheiro!

E brindando a união,
Gaviões comem primeiro!
Galos papam o dia inteiro.

Quando há contestação,
Forçam à submissão 
Arrochando o cativeiro.
Gaviões comem primeiro! 
Galos papam o dia inteiro.

Luzia M. Cardoso

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Gavião no Galinheiro (Rondó)


Gavião no Galinheiro (Rondó)


Gavião, bicho matreiro,
Fez do galo seu olheiro.
Ronda a posse, lá do alto,
Rastreia morro e asfalto,
Controlando o galinheiro

Sem temor ou sobressalto.
Gavião, bicho matreiro,
Fez do galo seu olheiro.

Tosquiado, qual carneiro,
Frango pena o dia inteiro!
Quando um pinto pia alto,
Garnisé manda ser cauto.
Gavião, bicho matreiro,
Fez do galo seu olheiro.

Luzia M. Cardoso



quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Barquinho do Horizonte



Barquinho do Horizonte 

(Rondel) 



O barquinho do horizonte,
Que veleja à luz do sol,
Tem a popa n’anteontem,
Tem, na lua, um farol.

Caso o tempo lhe apronte,
Vira a proa pr’arrebol,
O barquinho do horizonte
Que veleja à luz do sol.

Ao mastro, a brisa é fonte,
Refrescante aerossol.
Onde atraca, tem um monte,
De lá, ouve o rouxinol
O barquinho do horizonte.

Luzia M. Cardoso

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Triolé do "Deixa Rolar!"



Triolé do “Deixa Rolar!”

No alto, só barganhas.
Aqui, “Deixa rolar!”
Nas caras enfadonhas. 
No alto, só barganhas 
De partidas tacanhas 
Com muito blá-blá-blá... 
No alto, só barganhas. 
Aqui, “Deixa rolar!” 


Luzia M. Cardoso

sábado, 11 de novembro de 2017

Ao Tempo



Ao Tempo


Lá se vai a Primavera
Sem ter tempo de voltar
E sem porto de espera.

Passa longe o Verão
Das chamas à flor da pele,
Das águas que vêm e vão.

E o Outono, displicente,
Trança as palhas do caminho...
Se há flores, nada sentem.

Ventos frios pastoreiam
Rastros d’outras estações
Nas aves que’ainda gorjeiam.

E as nuvens lá de fora
Brotam dos olhos meus
Vendo as cores irem embora.


Luzia M. Cardoso

Dialogo poético com a segunda cena de Fernando Szklo que compõe o díptico "Inverno".


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Em Tempos Reais



Em Tempos Reais 



Quando adentra o temporal
Acinzentando a alma,
Ela, em sombras, s’espalma
No olho do vendaval.

Caem gotas que surpreendem
Quando alagam arredores...
Secam afetos, regam dores,
Muitos elos já desprendem.

As nuvens do litoral
Amordaçam corações.
Da razão, tantos senões...
Para o bem ou para o mal.

Sigo em frente o meu caminho,
Outros, perto, longe, atrás...
E a roda gira mais,
Juntando quem vem sozinho.

Luzia M. Cardoso

Dialogando com uma das cenas que compõem o díptico "Inverno", de Fernando Szklo, em homenagem a mim e ao poeta Odir, pelo dueto de mesmo nome. https://evivendoquesevive.blogspot.com.br/2012/07/inverno-dueto-odir-milanez-e-luzia-m.html

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