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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
http://twitter.com/#!/luzia48

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Microcontos


1 - Moça perdida

Vadia! Esbravejava a mãe. Cresceu, assim, com os gritos de sua mãe que temia ter uma filha falada na rua. Morreu virgem.


2 - Sensações

Corpo tenso, suado. Os dedos percorriam cada parte daquela extensão. Uma precisão delicada. 22h! Hora de desligar o pc.


Por Luzia




Obs: Publicados também em

 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Bolhas de sabão (um dueto de Luzia M. Cardoso e Ubirajara Fernandes)


Estava no meu jardim
com uma caneca na mão.
Queria brincar... Ai de mim!
O que eu vou fazer, então?

Eu peguei  água e sabão
para algo realizar. 

Foi resolvida a questão.
E, assim, pus-me a brincar.

Com canudo e caneca
a festa logo animou.
Fiz uma bolha sapeca,
que meu cachorro estourou.

E outras bolhas, então,
comecei logo a fazer.
Bastava eu assoprar,
para as bolhas ver nascer.

Quanto mais eu assoprava,
uma grande transformação:
A bolha que lá estava
virava logo um bolhão.

Meu cãozinho estourava
a minha bolha-bolhão.
E logo eu assoprava,
novas com água'e sabão.

Sentada lá no jardim,
fazendo bolha-bolhão,
ficando um tempão assim
Com as bolhas de sabão.

  
Por Luzia e Ubirajara Fernandes












Fazer poesia em dueto é como a brincadeira na infância: é muito bom!!!


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Subi para bailar





18/02/10 Publicada também em http://sitedepoesias.com.br/poesias/54382
Há uma outra poesia com o título "Meu parquinho girassol"



domingo, 14 de fevereiro de 2010

Se é velha a leitura, mais ainda é essa história




 
Nesse percurso de vidas e de mortes
tivemos lutas, derrotas, vitórias...
Porém, a ordem de garras muito fortes
rasgou páginas de nossas memórias.

E tornadas verdades falsas lembranças
sepultaram as vis ações do passado.
Maltratadas... Foram-se as esperanças.
Utopias esquecidas no traçado.

Hoje, crescem cirandas de desilusões,
mantidas por latifúndios fétidos,
gerando fome e dor em multidões.

Empoderadas em sórdida riqueza,
insanas hordas, com sorrisos ácidos,
vivem (todas!) dessa extrema pobreza.

Por Luzia (poesia, foto e edição)





A idéia foi fazer um soneto para contar parte dessa velha história da expropriação da riqueza produzida pelo trabalho humano.



Publicada tambem em: http://www.sitedepoesias.com/poesias/54281
http://www.cantodoescritor.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2610:se-e-velha-a-leitura-mais-ainda-e-essa-historia&catid=39:poesias&Itemid=189

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

É trabalho ou conspiração?








Essa trova foi escrita para pessoas que conspiram, destróem projetos, amizades, sobrecarregam o outro, descaracterizam ações e acreditam que esse é o único meio de se sobressaírem na vida e no trabalho.



Devemos combater o ASSÉDIO MORAL, pois a vítima fica deprimida, doente, estigmatizada, se sente culpada, perde o interesse e pode morrer!!!!



Por Luzia (poesia e edição).

Inspiração em Xama










Fiquei muito emocionada ao ler o poema dessa poetisa!




terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

ACRÓSTICO A LUZIA






Luta! E a pedra que surgir
Um dia será superada;
Zelando pelo porvir,
Inda que seja sofrida...
A paz será alcançada.


 
Recebi hoje...Que honra!!!! Um acróstico feito prá mim!!! Obrigada, Poeta!!!!!!!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Trabalhadores

  
 
Trago do trampo
prata prá luta.
Labuta que tira
fruto da terra.
Na estrada, batalho,
na pedra, trabalho.
SOU PROLETÁRIO!

Por Luzia 

23/09/2010 Essa trova, sob o título "No Trampo",  está entre os 100 poemas classificados no concurso TOC140, promovido pela FliportoPE ( http://twitter.com/fliportoPE),  e será publicada na coletânea "Os cem melhores poemas do TOC140".

 E-book Toc140, página 151


Postado também em http://sitedepoesias.com.br/poesias/54017 (no formato da primeira versão)

09/02/10 Pensando bem, o penúltimo verso em vez de ser "na gruta, trabalho", foi substituído por "na pedra, trabalho" e o último em "caixa alta"Parece que ficou melhor, ou não.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Na Onda de Bandeira







Uma homenagem a Manuel Bandeira


Aonde anda
a onda ainda?
Ainda ando
aonde há onda.
Há onda ainda
aonde ando?
A onda onda
aonde ondo.
Aonde anda
ainda há onda?
Há onda onde,
aonde onda?


Por Luzia (poesia, desenho e edição).


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Bonequinha






É gatinha da mamãe, boazinha e adestrada.
É a bonequinha do papai que não pode se ferir.
Garotinha conformada para ser mulher domada,
em seu  rumo a menina não consegue interferir.

Em boneca transformada para não poder agir,
cresce toda "inha", parecendo inanimada.
É gatinha da mamãe, boazinha e adestrada.
É a bonequinha do papai que não pode se ferir.

Bonequinhas na estrada não fazem a caminhada,
sujeitas na história a brinquedos de queridos.
Foi menina malcriada para ser mulher casada,
não reage às algemas de chamegos de maridos.
É gatinha da mamãe, boazinha e adestrada.


Por Luzia (poesia, foto e edição).
 
E publicado em https://www.camarabrasileira.com.br/apol64-074.htm
  



Tentei fazer essa poesia no estilo Rondell. Acho que agora eu consegui.
Inicialmente postei esse ensaio com três quadrilhas e uma quintilha, assim:

A gatinha da mamãe, boazinha e adestrada,
é a bonequinha do papai que não deve se ferir.
Garotinha conformada para ser mulher domada,
nesse rumo de menina não consegue interferir.

Crescendo toda "inha", parecendo inanimada,
fica presa a grades, para nelas poder existir.
A gatinha da mamãe, boazinha e adestrada,
é a bonequinha do papai que não pode se ferir.

Bonequinhas na estrada não fazem a caminhada,
sujeitas na história ser brinquedos de queridos.
A gatinha da mamãe, boazinha e adestrada,
não reage às algemas de chamegos de maridos.
Foi menina malcriada para ser mulher casada.

A gatinha da mamãe, boazinha e adestrada.
é a bonequinha do papai que não pode se ferir.
Não é vidro nem borracha, é mulher domesticada
em boneca transformada para não mais poder agir.
 
  Meu amigo José aparecido Botacini me esclareceu que Rondell não pode ter variações, mantendo o formato desde sua origem. Assim, retirei uma estrofe e, para adaptar o que tinha elaborado ao Rondell, fiz outras modificações. 

Reproduzirei, abaixo, a sugestão desse meu amigo, pois também gostei de suas mudanças.
 Assim é a gatinha da mamãe, boazinha e adestrada,
é a bonequinha do papai que não deve se ferir.
Garotinha conformada para ser mulher domada,
nesse rumo de menina não consegue interferir.

Crescendo toda "inha", parecendo inanimada,
fica presa a grades, para nelas poder existir.
Assim é a gatinha da mamãe, boazinha e adestrada,
é a bonequinha do papai que não pode se ferir.

Bonequinhas na estrada não fazem a caminhada,
em boneca transformada para não mais poder agir,
Não é vidro nem borracha, é mulher domesticada.
Garotinha sem vontades, nem direito de sorrir,  
Assim é a gatinha da mamãe, boazinha e adestrada.
 
06/02/10 - Quando eu postei essa poesia, a primeira estrofe escrevi assim:
A gatinha da mamãe, boazinha e adestrada,
é a bonequinha do papai que não deve se ferir.
Garotinha conformada para ser mulher domada.
No destino da menina todos querem interferir.

Depois de muito pensar, cheguei a conclusão que esse destino estava sendo muito determinado, e assim, resolvi mudar, mas acho que os dois ficaram bons.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Bailarinas na janela


Lá estavam elas.
Altaneiras e belas,
em molduras de escombros,
outrora, fechados assombros.

E lá posavam elas.
Namoradas do vento,
encantadas pelo tempo,
eternizadas nas janelas.

Lá dançavam elas,
bailarinas ao luar,
nos convidando a olhar,
rodopios em aquarelas.

E lá eu fiquei com elas.
Enfeitiçada pela vida,
daquelas palmeiras atrevidas,
desejando ventar nas folhas delas.




Por Luzia (poesia, foto e edição)


Adoro olhar as palmeiras imperiais pelas janelas dos escombros de uma antiga indústria. Com vento e lua cheia, ficam ainda mais lindas.
Publicada também em http://sitedepoesias.com.br/poesias/53799 

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