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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
http://twitter.com/#!/luzia48

Direitos autorais registrados na FBN

domingo, 11 de dezembro de 2011

Brasil Contra a Corrupção






Brasil contra a Corrupção 



"O povo acordou,
O povo decidiu:
Ou para a roubalheira
Ou paramos o Brasil!”¹

E vai juntando mais gente
Nesse grande movimento.
O refrão ecoa à mente
Frente ao descontentamento.

É movimento pacífico
Finca a base no chão,
Reivindica, sempre em público,
O fim da corrupção!

O grito de equidade
Forma a democracia.
Sem brechas pra vaidade,
Nem espaço pra tirania.

Basta de impunidade!
Basta de corrupção!
Queremos honestidade
Com os bens dessa Nação!

“O povo acordou,
O povo decidiu:
Ou para a roubalheira
Ou paramos o Brasil!"

E um grito já explode
Do fundo do coração
Não há mais quem s’acomode
Com tanta corrupção.

É merenda de crianças
Desviada de suas bocas,
Pra ganância que avança
Resguardada em suas tocas.

Compras superfaturadas
Envergonham a nação
Tantas já sucateadas
Por falta de decisão.

Ambulâncias qu’enferrujam
Obras mal fiscalizadas,
As verbas que nunca chegam
Às cidades alagadas.

“O povo acordou,
O povo decidiu:
Ou para a roubalheira
Ou paramos o Brasil!”

Os presentes e subornos
Que garantem as vantagens
Além dos tantos transtornos,
fortalecem a malandragem.

Benefícios para amigos,
E também para os parentes,
Atos que levam consigo
Direitos de nossa gente.

Dão chefias, cargos públicos
Sem olhar a competência.
Se aos que mandam, são simpáticos,
Garantem a permanência.

As instituições públicas
Sob interesses privados,
E as Leis de nossa República
Virando papeis amassados.

“O povo acordou,
O povo decidiu:
Ou para a roubalheira
Ou paramos o Brasil!

Privilegiado Foro
Para quem comete crime
É perder todo o decoro
E não ter por quem se prime.

Chega de tanto aumento
Na verba parlamentar.
Mais 61% ?
Lamentamos, não vai dá!!!!

Basta de corrupção!
Ficha Suja não s’elege!
Saúde, Educação
São bens que’a gente protege.

No Congresso, voto aberto!!
Veta, Dilma o “Motoserra”!!
Um povo de olho aberto
Garante a vida na Terra!

“O povo acordou,
O povo decidiu:
Ou para a roubalheira
Ou paramos o Brasil!” 






1 - Palavra de ordem do Movimento Brasil Contra a Corrupção (MBCC)

Be-a-bá da corrupção: 
 
http://www1.folha.uol.com.br/poder/969698-veja-o-be-a-ba-da-corrupcao-e-o-seu-significado.shtml
Movimento Brasil Contra a Corrupção 
 
http://www.movimentocontraacorrupcao.org.br/quem-somos

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Olhares (Luzia e Odir Milanez)


OLHARES
Luzia e Odir


Se meus olhos querem mais
Quando olham para os teus
Perdão, pois sou incapaz
d'esconder o sonho meu.
(LC)

Meus olhos querem somente,
dando vasa a meu desejo,
juntar os olhos da gente,
no tanto que alcance um beijo!
(OM)

Mas à luz de teu olhar
Sinto meu corpo tremer,
meu coração disparar...
(LC)

Mas teus olhos vem e vão
e não há como prever
se algum dia ficarão.
(LC)

Ficarão até te ver
morando em meu coração!
(OM)

domingo, 4 de dezembro de 2011

Retirante, O Retirado


Uma alma  em solstício,

no verão e no inverno,

é um sinal, um prenúncio

do mundo qu'está interno.


Seca a terra, já nem sente

o pulsar do ser que migra,

sob o céu indiferente

à dor dos qu'ainda abriga.


E em chagas, caminhando,

Retirante, O Retirado,

é água que vai jorrando,


levando pr’outro torrão,

fértil e abençoado,

sementes do coração.


Uma homenagem a todos os retirantes retirados desse nosso país.

Luzia M. Cardoso

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Um poema para mim, de Ellen Christine


De Ellen Christine Figueiredo de Souza




Ela brinca com a palavra,

Feito criança pulando amarelinha,

Pra driblar as pedras da estrada

Faz cordel, poema e rima.


Se o céu parece escuro

Ela permanece firme 

Sabe que Viver é duro
 
Mas é vivendo que se vive!



______________________________

Que gracinha de poema, Ellen!!!! Amei!!!!!

Beijos

Luzia

domingo, 27 de novembro de 2011

Noite de Natal


Entrelaçada às estrelas, cai a noite de Natal...
Olhos brilham... São pisca-piscas nas janelas...
Outros pedem, às estrelas, só um mundo mais igual.
Todas querem, nesse dia, um presente só pra elas.

São crianças, uma a uma: as das ruas; as das janelas.
Umas, quase tocam o céu... Outras, têm o chão mais firme.
As bonecas, os soldadinhos, de avenidas e ruelas,
têm destinos diferentes, num cenário tão disforme.

Com amplo horizonte à frente e estrada pra trilhar,
desembrulham os pacotes que Noel foi entregar,
as que têm mais que abrigo e alguém que as alimente.

No outro lado do cenário, o concreto que subiu
já esconde o arrebol de quem ainda não o viu,
e crianças sentem as sombras de um mundo imprudente.

Luzia M. Cardoso


Publicada no CBJE


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

CORDEL DESENCANADO




ÊTA, NOTÍCIA DIFÍCIL!!!
Luzia Magalhães Cardoso 1




Viver é tão complicado
Pra todos que’aqui estão
É tarefa coletiva,
Não suporta solidão.
De atenção e de diálogo
A vida não abra mão.

  
Muito antes de nascer
D’um encontro carecemos.
Com lágrimas ou sorrisos,
Do acordo dependemos.
E por toda a gestação
Sob olhares estaremos.

  
A gravidez é notícia
Que agrada ou aborrece.
Dependo do ouvinte
Muita ajuda já carece.
Se quem fala é desatento,
O outro até desfalece.


Durante a gestação
Muitos olhos pra barriga...
Cobram novas atitudes
Daquela qu’um ser abriga.
Do que sente a mulher,
Muita gente se desliga.


Com a gravidez saudável
O problema é menor.
Se houver complicação,
Vai ficar muito pior.
Pois quem cuida desconhece
O que vai no interior.

  
Tantas doenças genéticas
Jogando o sonho no chão.
Tem o parto prematuro
Com tão longa internação.
E uma nova realidade
Em tão frágil e fino chão.

  
Mas o tempo corre solto
E a vida cobra o jeito:
"O colo ficou vazio";
"O feto não é perfeito."
E a dor logo floresce
No rosto d’outro sujeito.


Mas a vida já caminha...
Chama outra estação.
Apesar da noite escura,
O dia não abre mão.
E o luto se aloja
No fundo do coração.

  
Outros bebês nascem, crescem,
Passando pela infância.
Alguns vendendo saúde,
Muitos vencendo distância
Vão pulando os precipícios
Erguidos na ignorância.


E depois como se conta
Que a criança aprontou?
Se for tal a gravidade,
Toda casa despencou.
Muitos pais em desespero
Sua cria espancou. 


Nossa mãe, adolescência!
Drogas, sexo, violência...
Amizade e educação
Cobram alto a consequência!
E quem foi dar a notícia,
Ponha a mão na consciência.

  
Chega a fase da labuta,
Na família, no emprego...
O dia fica tão curto!
O corpo pede arrego!
Achamos ser só capricho,
À dor pedimos sossego. 

   
Adiante, ela grita,
Chora alto, esbraveja.
Levamos pro hospital
O corpo que nos lateja.
Reduzidos a um órgão,
Toda a alma já fraqueja.

  
É um médico pro olho,
Outro para o pulmão.
E vamos pro psicólogo
Se for coisa de emoção.
Vira caso social
Quem era só cidadão.

  
Está mal algum dos órgãos?
Na ciência, o remédio.
Cada qual com sua parte.
E o silêncio é o intermédio...
Do saber tiramos luz
Ao trancá-lo em alto prédio.

  
E o doente se complica!!
Tiram sangue, raio X...
Muito assusta a equipe
O que o exame diz:
"A doença é fatal
E a vida por um triz."

  
 O que fazer, afinal?
Como lhe dar má notícia?
Quem habita aquele corpo?
De que mais terá carência?
O que pensa e defende?
E sua rede de assistência?

  
Ver e ouvir é a questão,
Requer muita humildade.
Com o outro percebemos
Que não existe verdade.
Muito mais do que ensinar,
Aprender é prioridade.

  
Cada um tem o seu tempo,
Uma forma de viver.
Muito mais do que a razão
Consegue compreender.
E esse tempo é quem comanda
O que o outro pode crer.

  

Apesar das diferenças,
A lição é de igualdade.
Já que os olhos falam à alma,
Desde a antiguidade,
Enxergar o ser inteiro
É responsabilidade.

  
E assim a roda roda,
Entre vales e barrancos.
Se olharmos só pras partes,
Pegaremos só com tranco.
Conhecer é uma arte,
Que vai muito além dos bancos. 

  
Proporcionar o suporte
Pede muita competência.
Mas do usuário a adesão,
Urge sua consciência
Nos passos do tratamento
Pra vencer a resistência.

  
Tão complexa realidade
Pira o profissional,
Pois não há capacidade
Que resista a vendaval!
Mas trocar informações
Não engorda e não faz mal.

  
E pra tudo arrumar,
Ferramentas sempre à mão:
Tem Spikes; tem o Balint;
Tem roda de discussão;
Tem ainda o Paidéia...
Não se desespere, não!!!!     

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1 - As três estrofes finais deste cordel foram redigidas por  todos os membros do Grupo 6 do Curso de Atenção ao Vínculo e Qualificação da Comunicação em Situações Difíceis no Tratamento Oncológico  – 2011.2 - INCA / MS, e fora incorporado ao cordel, juntamente com a qualificação de  "Cordel Desencanado", posteriormente, em 17/11/2011.



Espelhos d'Alma


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Tédio



Um vaivém monótono em mim,
Desfolho a  hora...
Mantendo-me assim...
Um suspiro perde-se no vazio,
A minha mente a vagar, sem desafio.
Lacrimejo o cansaço, regurgito o bagaço...
Voltas e meias-voltas...
Não chego lá.
Nada se altera.
A folha é branca,
o verso  manca, sem emoção.
Não há bengala. Nada na mala.
A vela apagou, a carta voou.
E eu aqui neste fastio...
Vadio...
Vadio...
Vivencio o estio.

Luzia M. Cardoso

sábado, 29 de outubro de 2011

Parte Exposta



Parte Exposta


Uma parte de mim levanta voo
Para a outra parte entrar no chão.
Ser alado, um canto entoo
Mas rastejante, eu sigo em vão.

Uma parte de mim arde em brasa
Enquanto a outra parte é só geleira.
Sou o fogo que queima e extravasa.
Sou água, condenso, ergo barreira.

Uma parte de mim sofre e se esconde
Para a outra parte reflorescer.
Raiz...  Semente... Depura e ascende.

Numa parte, a outra se completa,
Ao mesmo tempo, deixa de ser
Vazia... Plena... Plácida... Inquieta.

Luzia M. Cardoso

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Maria sem Sobrenome

Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos nº 85. RJ, CBJE, 2011.

Maria sem sobrenome

 


Maria sem sobrenome,
no rosto afloram as dores,
no corpo, espinho das flores.
Maria sem sobrenome.
De dia, murcham as cores
à noite, brotam pavores.
Maria sem sobrenome,
no rosto afloram as dores.

Luzia M. Cardoso




Livro eletrônico página 61







domingo, 23 de outubro de 2011

Quando





Apesar de o poema  "Quando" ter sido elaborado em duas estrofes de oito sílabas, e em forma de dueto, Pelo poeta Luiz Eduardo (primeira estrofe) e eu, (segunda e última estrofe), considerando o pedido do poeta de não ter os seus poemas publicados, por ora, o vídeo foi retirado do ar, bem como a estrofe elaborada pelo referido poeta também retirada. Deixo, no entanto, a estrofe elaborada por mim.

Quando

Quando cantas sentimentos azuis
Em pontos coloridos da janela
desenhas, em meus olhos, como tela,
desejos num cenário que seduz
Suspiro, mínguo, como toda Lua,
no breu que sempre invade sua aura.
Temente que, se forte o Sol, reflua
Oculta-se e crê ficar segura.

(Luzia M. Cardoso)

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