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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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domingo, 28 de agosto de 2011

Rezando Rogações (Odir Milanez da Cunha)





REZANDO ROGAÇÕES
Odir Milanez

Quero rezar contigo essa oração,
de mãos unidas, frente ao infinito,
abrindo para Deus o coração,
dos amores rezando o mais bonito!

Vamos fazer da reza uma canção
de Somália da fome pelo grito!
Façamos desse canto a comoção
por essa gente em perenal conflito!

Por cada anjo negro inda sem nome,
que veio pra viver a sede e a fome,
voltando ao céu para contar a história;

por cada mãe que o tétrico consome,
por cada pai que a própria carne come,
rezemos essa reza rogatória!

JPessoa/PB
27.08.2011
oklima

sábado, 27 de agosto de 2011

É uma Brasa (xavecos de Deo-Ferraz)




Que garota terrível,
olhar 99.
Seu corpo, indescritível
alvoroço promove.

O sorriso de gueixa
um mistério revela.
Seu gingado me deixa
lá, prostrado à janela.

Como é bela a pequena,
é uma onda que arrasa,
sua pele morena
queima como uma brasa.

O que devo fazer
para a moça eu beijar?
Não consigo conter
meu desejo de amar. 

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Eu te Amo (Odir Milanez da Cunha)


 
EU TE AMO!
Odir Milanez


Eu te amo! Nem sei dizer o quanto
desse amor o que cabe no meu peito!
Eu te amo, eu te amo, no entanto,
pra te falar d’amor perdi o jeito.

Em cada verso meu o amor é tanto
que me confundo no dizer direito
do quanto é passional o amor que canto,
quando esse canto meu te diz respeito!

Como sofre um poeta como eu!
Um poeta que ama, mas não sabe
falar ao coração que o concebeu!

Um amor que no peito mais não cabe,
por não saber dizer que é todo teu,
fico a temer, amor, que um dia acabe!

JPessoa/PB
21.08.2011

oklima 


domingo, 21 de agosto de 2011

Olhos do Poeta (Luzia M. Cardoso) / Os Meus Olhos de Adeus (Odir Milanez)



OLHOS DO POETA
Luzia M. Cardoso


Os olhos do poeta são faróis
que iluminam todo o caminho.
De longe, veem os pássaros em seu ninho
e as linhas dos pequenos caracóis.
Nas nuvens... "Vejam! Fofos cachecóis!"
Esses olhos que olham para sentir
a cor do raio que além vai cair;
a folha ao vento que te acaricia;
a alvorada que grita "Bom dia!"...
Ah, esses olhos do poeta Odir...


Minha homenagem carinhosa ao Poeta Odir Milanez da Cunha
Luzia  M. Cardoso

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OS MEUS OLHOS DE ADEUS
Odir Milanez

Temente de qualquer cumplicidade
em verso cometendo despedidas,
as minhas mãos restaram recolhidas
em sinal de carência de vontade!

Porém meus olhos deram liberdade
às minhas mãos, das intenções pedidas.
E lhes notando de missões cumpridas,
assentiram acenos de amizade.

Houve o adeus. Após, as mãos unidas,
aos olhos meus, demais agradecidas,
negaram d'outras mãos afinidade.

Mas dos meus olhos lágrimas sentidas,
depois da deserção de duas vidas,
lagrimejaram prantos de saudade!

JPessoa/PB
23.08.2011
oklima



sábado, 20 de agosto de 2011

No Ponto (xavecos de Deo-Ferraz)


 
No PonTo
// Deo-Ferraz //




Calor
aumenta
m'esquenta
Oh, flor!


Te deito
no solo
Decoro
teu peito.


Vem cá
m'ensina
Divina.


Me mata
me farta
Vem já!






Apresentando Deo-Ferraz


A ideia de dar vida a um heterônimo masculino surgiu em minhas viagens pelas páginas literárias da Internet. É interessante o número de personagens presentes nessas páginas, de forma que muitas vezes interagimos com algumas cabeças pensantes, que se multiplicam em pseudônimos e heterônimos pelo espaço virtual.

Algumas personagens parece terem sido criadas para darem voz às inspirações de perfis variados, como o fez Fernando Pessoa. Em outras, o mundo virtual reflete fantasias e intenções diversas.

Assim, viajando pelos escritores consagrados e navegando pelo espaço virtual, fui entrando em contato com os meus eus poéticos. De repente, deparei-me com a voz masculina de meu mundo interior. Talvez aquela voz que que ouvi durante os primeiros passos de meu caminho esteja agora conquistando o seu espaço em meus poemas.   Surge, então, Deolindo Ferraz.

Deolindo é um homem de bem com a vida, geminiano de 54 anos, nascido em 18 de junho de 1957. Passou pelo movimento hippie, teve cabeleira nos anos 60/70, pregou a liberdade sem restrições. Mas a vida é uma roda gigante e Deolindo também teve que girar para garantir o pão nosso de cada dia e, no mundo do trabalho, a liberdade é o preço...

Esse é o Deolindo e que assina os textos como Deo-Ferraz. Trata-se de um eterno apaixonado. Escreve em versos clássicos e livres, brinca com a rima, com o ritmo, com as palavras. Seu tema preferido é o amor e as mulheres (e como não seria?) e seus textos vêm em tom de malícia, ternura e nostalgia.

Assim, dando voz ao meu heterônimo, trago os xavecos de Deo-Ferraz.

Luzia Magalhães Cardoso

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