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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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sábado, 29 de outubro de 2011

Parte Exposta



Parte Exposta


Uma parte de mim levanta voo
Para a outra parte entrar no chão.
Ser alado, um canto entoo
Mas rastejante, eu sigo em vão.

Uma parte de mim arde em brasa
Enquanto a outra parte é só geleira.
Sou o fogo que queima e extravasa.
Sou água, condenso, ergo barreira.

Uma parte de mim sofre e se esconde
Para a outra parte reflorescer.
Raiz...  Semente... Depura e ascende.

Numa parte, a outra se completa,
Ao mesmo tempo, deixa de ser
Vazia... Plena... Plácida... Inquieta.

Luzia M. Cardoso

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Maria sem Sobrenome

Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos nº 85. RJ, CBJE, 2011.

Maria sem sobrenome

 


Maria sem sobrenome,
no rosto afloram as dores,
no corpo, espinho das flores.
Maria sem sobrenome.
De dia, murcham as cores
à noite, brotam pavores.
Maria sem sobrenome,
no rosto afloram as dores.

Luzia M. Cardoso




Livro eletrônico página 61







domingo, 23 de outubro de 2011

Quando





Apesar de o poema  "Quando" ter sido elaborado em duas estrofes de oito sílabas, e em forma de dueto, Pelo poeta Luiz Eduardo (primeira estrofe) e eu, (segunda e última estrofe), considerando o pedido do poeta de não ter os seus poemas publicados, por ora, o vídeo foi retirado do ar, bem como a estrofe elaborada pelo referido poeta também retirada. Deixo, no entanto, a estrofe elaborada por mim.

Quando

Quando cantas sentimentos azuis
Em pontos coloridos da janela
desenhas, em meus olhos, como tela,
desejos num cenário que seduz
Suspiro, mínguo, como toda Lua,
no breu que sempre invade sua aura.
Temente que, se forte o Sol, reflua
Oculta-se e crê ficar segura.

(Luzia M. Cardoso)

sábado, 15 de outubro de 2011

Volta



Apesar de o poema  "Volta" ter sido elaborado em seis estrofes de oito sílabas, e em forma de dueto, com o poeta Luiz Eduardo (primeira, terceira e quinta estrofes) e eu, (segunda, quarta e sexta estrofes), considerando o pedido do poeta de não ter os seus poemas publicados, por ora, o vídeo foi retirado do ar, bem como as estrofes elaboradas pelo referido poeta também retirada. Deixo, no entanto, as três estrofes elaboradas por mim.


Volta
(Apenas as estrofes de Luzia M. Cardoso)
(I estrofe retirada)


II

Traz pra mim das tardes apenas
O carinho do sopro em meu rosto
Aos influxos que saem do amor,
Nas matizes em rosa da flor,
Cujo orvalho tempera agosto.
As noites partirão serenas.


(III estrofe retirada)

IV

Traz ainda a luz da flor-de-seda
Na chama que declama o olhar,
Como os raios além do horizonte,
No farol do caminho adiante
Lá nas ondas que o tempo nos dá.
Em laços é que o amor envereda.

(V estrofe retirada)


VI

Volta. Nas voltas que a Terra faz;
Nas espumas das ondas do mar;
Na semente que dá vida à flor.
Dê a volta, reviva o amor!
Pela luz que ilumina o olhar,
Sê o Sol que ilumina meu cais.

Luzia M. Cardoso

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

UIRAPURU APAIXONADO


Rasga o canto da noite o som da mata,
agudo solo do Uirapuru,
aos pés do rio, numa serenata:
Fiviiii, fiviii, fivivuuu, fivivuuu!

Para quem cantas, oh, voz da magia?
Revela tua musa, Uirapuru.
Será a cascata que te assovia?
Ou será a índia Potyrusú?

Mira o rio, segue encantando
E eu vejo, ao longe, alguém despertando,
lançando o aroma, nos braços do vento.




Logo, eu desvendo o segredo do evento:
Aquela que à noite vens acordar,
é Vitória-Régia, pronta pra amar.

Luzia M. Cardoso








quarta-feira, 12 de outubro de 2011

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Luzes do Asfalto



Luzes do Asfalto

Luzia M. Cardoso




Vem do alto o sol nascente
descortinando o asfalto.
Lá no céu, o tempo mostra
muitas cores, luzes sombras...
E na rota, o andarilho
já apalma todo o chão.

Os olhos presos ao chão
não enxergam a nascente.
Segue trilhas, andarilho,
na tristeza do asfalto,
e na face brotam sombras
quando as chagas ficam à mostra.

Mas a dor também se mostra,
na sangria desse chão.
Vira esquinas, entre sombras
que envenenam a nascente...
E o chicote do asfalto
a açoitar o andarilho.

Desce a noite no andarilho...
Viva alma não se mostra.
Só, retira do asfalto
cada pedra do seu chão.
Vê a morte na nascente
quando a luz já chega em sombras.

Todo dia são as sombras
que acordam o andarilho,
com a foice na nascente
e a tristeza que se mostra...
Pés descalços sangram o chão
quando ralam no asfalto...

Não há brechas no asfalto,
ele é pleno de sombras.
Sobrevida vira chão
quando vira andarilho.
Ninguém o vê, mas se mostra...
Suando o pão ao sol nascente.


Cata a dor, pobre andarilho!
Vive em sombras sua nascente
que enterramos no asfalto.


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