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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Luzes do Asfalto



Luzes do Asfalto

Luzia M. Cardoso




Vem do alto o sol nascente
descortinando o asfalto.
Lá no céu, o tempo mostra
muitas cores, luzes sombras...
E na rota, o andarilho
já apalma todo o chão.

Os olhos presos ao chão
não enxergam a nascente.
Segue trilhas, andarilho,
na tristeza do asfalto,
e na face brotam sombras
quando as chagas ficam à mostra.

Mas a dor também se mostra,
na sangria desse chão.
Vira esquinas, entre sombras
que envenenam a nascente...
E o chicote do asfalto
a açoitar o andarilho.

Desce a noite no andarilho...
Viva alma não se mostra.
Só, retira do asfalto
cada pedra do seu chão.
Vê a morte na nascente
quando a luz já chega em sombras.

Todo dia são as sombras
que acordam o andarilho,
com a foice na nascente
e a tristeza que se mostra...
Pés descalços sangram o chão
quando ralam no asfalto...

Não há brechas no asfalto,
ele é pleno de sombras.
Sobrevida vira chão
quando vira andarilho.
Ninguém o vê, mas se mostra...
Suando o pão ao sol nascente.


Cata a dor, pobre andarilho!
Vive em sombras sua nascente
que enterramos no asfalto.


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