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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Um Triolè para o Bicho-Papão

 




Um Triolè para o Bicho-Papão 


Sai pra lá, bicho-papão,

leva junto o boi xereta.

Aqui, não te crias, não!

Sai pra lá, bicho papão.

Minha imaginação

Não afetas com careta!

Sai pra lá, bicho-papão,

leva junto o boi xereta.


Luzia M. Cardoso

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Triolè da Passagem

 



Triolè da Passagem

 

Nessa nave espacial,

Somos todos passageiros.

Há quem se ache o tal,

Nessa nave espacial,

Sem ver o fundamental:

Ninguém para os ponteiros!

Nessa nave espacial,

Somos todos passageiros.


Luzia M. Cardoso

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Patacoada (Triolè infantil)




Patacoada


Patos, na água, batem patas.

Num sonoro quá, quá, quá,

Chamam patinhos peraltas.

Patos, na água, batem patas,

Abrem asas acrobatas,

fazem do bico piquá.

Patos, na água, batem patas,

Num sonoro quá, quá, quá,

 

Outros patos chegam perto.

Patos, patas e patinhos

Vão nadando a céu aberto.

Outros patos chegam perto.

Se’um s’esconde, é descoberto

Por espertos filhotinhos.

Outros patos chegam perto.

Patos, patas e patinhos.


Luzia M. Cardoso

domingo, 12 de dezembro de 2021

Corujilda (Triolè)

 


Corujilda (Triolè)



Corujilda, faço a ronda

E, nas noites, sou ligeira,

Não há nada que me esconda.

Corujilda, faço a ronda,

Tudo à volta é pra sonda,

Vou tomando a dianteira.

Corujilda, faço a ronda

E, nas noites, sou ligeira.

 

Corujilda, sou muito sábia.

Não permito o açoite.

Não caindo em qualquer lábia.

Corujilda, sou muito sábia.

Cito contos da Arábia

caso, à copa, eu já poite.

Corujilda, sou muito sábia,

Não permito o açoite.


Luzia M. Cardoso

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Pó Libertário




 Pó Libertário


Se de ser divino eu fosse um sonho,

abraços camaradas mais teria.

Creio, ser pesadelo tão bisonho; 

fosso entre  centro e periferia.


E eu sendo ou não um pensamento,

insisto, por aqui, nesse sentir.

Sozinha, nesse vento turbulento, 

na roda dessa onda de existir.


Divino ou terreno, que me importa?

Girando, sem eixo para agarrar,

ferve o que pulsa minha aorta. 


Se são mesmo eternos  esses ais, 

mesmo que seja um pó nesse cenário,

insisto os meus caminhos rabiscar.

Se pó, serei pólen nos roseirais.


Luzia M. Cardoso

RJ, 11 novembro 2021

terça-feira, 9 de novembro de 2021

No Meu Caminho




No meu caminho


Eu poderia falar das pedras
e dos espinhos.
Poderia me irritar
com mosquitos
e marimbondos...

Ah, o meu caminho
Tem os contornos de meu olhar
e saltam aos meus olhos
as pitangas, mangas,
goiabas e amoras.
Frutas doces de minha infância,
presentes de cada um de meus dias,
que pelas frestas dessa estrada
teimam em brotar.
Apontam flores,
em muitas cores e perfumes
e rosas.
A rosa branca pequenina
que serenou de Caetano as retinas
escorrendo das dele, brotam nas minhas,
e vão deixando a atmosfera
muito mais cristalina.

Luzia M. Cardoso

terça-feira, 13 de julho de 2021

Quando há uma urna nos ponteiros


 

Quando há uma urna nos ponteiros

 


E um dia o sol não nasce como antes.

Vem de longe um sopro frio penetrante,

Quando, súbito, a voz eleva um xingamento

Que se lança, incandescente, ao corpo e mente.

 

E, tal qual, o sol nascente e poente

Que não cansa de ser roda e rodar,

Noutro dia, a mão se lança ao rosto à frente,

E num baque deixa tudo arroxear.

 

Seguem dias, entre tapas e xingamentos,

Se alternam fortes socos e pontapés.

E o sol que não brilhava, já se esconde,

E se apaga, se decifra os rapapés.

 

Os degraus de cada escada sentem o dolo

E o chão de cada cômodo, vermelho sal.

Cada quina das mobílias são punhais

Invasivas, lacerando tal e qual.

 

Não há sopro que sustente esse baque,

Não há forças que ajudem a levantar.

E, assim, quando espremem as paredes,

O relógio dia ajuda a urna a se fechar.

 

Luzia Magalhães Cardoso


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