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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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terça-feira, 13 de julho de 2021

Quando há uma urna nos ponteiros


 

Quando há uma urna nos ponteiros

 


E um dia o sol não nasce como antes.

Vem de longe um sopro frio penetrante,

Quando, súbito, a voz eleva um xingamento

Que se lança, incandescente, ao corpo e mente.

 

E, tal qual, o sol nascente e poente

Que não cansa de ser roda e rodar,

Noutro dia, a mão se lança ao rosto à frente,

E num baque deixa tudo arroxear.

 

Seguem dias, entre tapas e xingamentos,

Se alternam fortes socos e pontapés.

E o sol que não brilhava, já se esconde,

E se apaga, se decifra os rapapés.

 

Os degraus de cada escada sentem o dolo

E o chão de cada cômodo, vermelho sal.

Cada quina das mobílias são punhais

Invasivas, lacerando tal e qual.

 

Não há sopro que sustente esse baque,

Não há forças que ajudem a levantar.

E, assim, quando espremem as paredes,

O relógio dia ajuda a urna a se fechar.

 

Luzia Magalhães Cardoso


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