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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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quarta-feira, 28 de julho de 2010

SONETO EM SETE (de Fernando Cunha Lima)





 
SONETO EM SETE

Quando eu vi certo dia,
Fazer verso uma Dama,
Poema como se ama,
Verso rima e poesia.

Fiquei com tanta alegria,
Deitado na minha cama,
Meu coração não reclama,
E pulsa na fantasia,

Não tive mais nostalgia,
Fiz soneto em estesia,
Com firmeza e vontade.

Era assim que eu queria,
Assim eu disse e diria,
Com tanta felicidade.

Lua clara virou dia,
Lua luzindo: Luzia.


Fernando Cunha Lima. 08-06-10.
Jampa. Dedicado a poeta Luma.
 
 
Fernando, fiquei emocionadíssima!
Obrigada
Luzia



sexta-feira, 23 de julho de 2010

PANCADÃO DO AMOR


É o movimento hip hop meu amor.
Back to back no teu coração.
Vem com atitude, vem meu beija-flor.
Vou grafitar toda tua extensão.

Eu sou tua mina, você é o melhor
e pro teu looping nunca digo não.
É o movimento hip hop meu amor.
Back to back no teu coração.

Chega a mil graus nossa onda de calor,
num movimento muito do chapado.
Um wild sex mais que promissor,
num corpo a corpo, batido, mixado.
É o movimento hip hop meu amor.

Luzia

sábado, 17 de julho de 2010

Na Beira do Mar...



De mãos dadas na areia da praia
beijos ardentes, apaixonados
somos eternos namorados.
A brisa fresca na minha saia,
que não nos deixa fugir da raia,
logo nos convida para amar,
abençoados pelo luar.
Não querendo resistir ao ato,
  entregamo-nos àquele fato...
Espumam ondas na beira do mar.

Temos estrelas no azul do céu...
Badalam os sinos na alvorada...
Pássaros chegam em revoada...
É só amor o que nos envolveu.
E todos brindam o que Deus nos deu.
Temos cumplicidade no olhar,
estamos sempre prontos para sonhar...
Nossos corpos se completam,
sentindo as chamas que nos abrasam...
Espumam ondas na beira do mar.

  Esquecemo-nos de nós... amando
  mantendo-nos naquele encanto,
de muito longe nos vem um canto.
E ficamos colados dançando,
e, mais e mais, nos apaixonando,
nos raios dourados da luz solar,
que chegam leves pra nos embalar.
E novamente nos entregamos...
e eternamente nos amamos...
Espumam ondas na beira do mar.

Por Luzia 




quinta-feira, 15 de julho de 2010

ROTINA III




Ela chega em casa cansada
e vai pro fogão cozinhar,
não deixa ninguém esperar.
Apesar de desatinada,
prepara uma macarronada.
As crianças pedem atenção,
marido largado no chão.
Precisa arrumar a cozinha
guardar as sobras pra quentinha.
Então, chora de solidão.

Olha seu marido com pena.
Com ela, ele grita irritado,
está de novo alcoolizado.
Se repetindo a mesma cena.
De seu sofrimento, tem pena.
O marido levanta a mão,
lança em seu rosto um bofetão.
O sangue escorre de seus lábios,
levando, também, os seus brios.
Essa é a sua vida de cão.

Virou um saco de pancada,
mas quer vê-lo se redimir.
Também já pensou em fugir.
Os filhos estão assustados,
além de muito revoltados.
Num canto qualquer ela cai.
É a mulher que se esvai.
Acha que seu mundo acabou
já que tudo desmoronou.
À polícia, pensa se vai. 

Por Luzia

 

ROTINA II


No seu trabalho ela labuta,
dá duro pros filhos criar.
É jornada sem descansar.
Com as colegas, muita disputa.
Bater meta? Com muita luta.
Intervalo só pra comer.
Nem sempre tem o que beber.
Prá máquina volta afobada,
prá sequência não ser quebrada
várias peças tem que fazer.

Seu corpo está muito cansado,
o dia parece sem fim,
veste as peças no manequim.
Não tem seu relógio parado,
não marca o minuto sonhado.
A fadiga não lhe perdoa,
já que ela nunca fica à toa.
Pede muita força ao Senhor,
já que flagela a sua dor.
Ajuda o louvor que ela entoa.

É a hora de ir embora...
Dinheiro? Nenhum ela tem
e pede emprestado a alguém.
Agradece, vendo que chora,
de vergonha o seu rosto cora.
Vai já pegar o trem lotado,
tem que evitar outro tarado.
E sacode mais que chocalho.
Seu corpo já está em frangalho,
de tanto que ele é maltratado. 

Por Luzia 
 

domingo, 4 de julho de 2010

ROTINA I

Levanta cansada, mau cheiro.
Nem mesmo se lembra que existe.
Labuta do dia insiste.
Toma uma ducha no chuveiro,
naquilo que chama banheiro.
Depila-se sem aparelho,
arruma-se sem ver o espelho.
Sente a dor da fome batendo,
goles de café vai bebendo.
Pede ajuda ao seu preto velho.

Os pés caminham longo espaço,
pr’um ônibus poder pegar.
Briga pra conseguir sentar.
Um babaca roça no braço,
Pra tentar tirar-lhe um piço.
Ela roda logo a baiana,
ameaça o cabra de cana.
É tumulto em toda viagem,
causado pela sacanagem.
Enfrenta esse dia com gana.

A sandália está apertada,
que faz uma bolha em seus pés.
Na bolsa só tem parcos rés.
E pega no trampo atrasada.
também está muito estressada.
O chefe lhe olha de esguelho,
que faz tremer o seu joelho.
Quando ela chega na seção,
vai alcançar a produção.
E sua vida é muito trabalho.

Por Luzia

Trata-se de uma poesia em três partes. Encontra-se publicada em http://www.talentos.wiki.br sob nickname

sábado, 3 de julho de 2010

A QUEM TEM FOME



A QUEM TEM FOME


João, filho de Ninguém,
ficava de prontidão
pra pedir qualquer vintém,
migalhas pr'um cidadão.

Comida aos quem têm fome.
Bendito seja o teu nome!

Não tinha tempo ruim,
fosse dia, fosse noite.
Rezava pro querubim,
para evitar o açoite.

Comida aos quem têm fome.
Bendito seja o teu nome!

Com a barriga vazia,
sentado numa calçada,
era lixo o que engolia,
rápido, numa bocada.

Comida aos quem têm fome.
Bendito seja o teu nome!

De fraqueza, ali ficava,
ao relento e sem afeto.
No jornal, ele deitava,
encolhido e muito quieto.

Comida aos quem têm fome.
Bendito seja o teu nome!

Mas o frio e o medo
vinham certo e o castigavam.
Cola e pedra, já bem cedo,
seus “manos” lhe entregavam.

Comida aos quem têm fome.
Bendito seja o teu nome!

Dessa forma, entorpecido,
desafiava o perigo.
Pobre menino esquecido,
de cabelo cor de trigo.

Comida aos quem têm fome.
Bendito seja o teu nome!

Era assim a sua vida:
às vezes, era bandido,
muita carteira batida,
de qualquer bolso fedido.

Comida aos quem têm fome.
Bendito seja o teu nome!

Outros dias, era anjo
que, por migalhas de amor,
fazia qualquer arranjo
para espantar sua dor.

Comida aos quem têm fome.
Bendito seja o teu nome!

De repente, na zoiera,
encontrou bala perdida.
Ficou sem eira nem beira,
tombou a alma ferida.

Comida aos quem têm fome
Bendito seja o teu nome

Exposta a nossa prole
às garras do predador,
seu sangue toma num gole,
deixando à flor o horror.

Salvem teus frutos benditos
da ganância dos malditos.

Por Luzia M. Cardoso

Poema em Trovas, no estilo medieval.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

PÁTRIA AMADA


Ouviram-se os agonizantes brados
de um povo que trabalha nessa estrada,
com exploração diária demandada
por fábricas, serviços e arados.

É negado o penhor da igualdade.
Para poucos, as riquezas do planeta.
A fome desafia a ampulheta,
ceifando muitas vidas em tenra idade.

E o nosso sonho intenso de esperança
jaz numa terra árida que avança,
encharcada com prantos e lamentos.

É hora de com braços e intentos
garantirmos a glória no futuro,
criando um mundo justo e seguro.

Luzia


Interação com a poesia "Pátria Minha", de poeta e escritor português José-Augusto de Carvalho.

Iustração: Foto de grafite nos muros dos bairros da Zona da Leopoldina, RJ. Série Vozes dos Muros.

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