É fim de tarde e o sol poente
leva às folhas um tom alaranjado.
Ensimesmada, vejo à minha frente,
marcas tristes, no meu rosto cansado.
As folhas caem, doce esperança,
penso nos sonhos que eu deixei voar.
E anoitece, quando a lua lança
sua cor de prata sobre o meu mar.
Ventos d'outono varrem o meu peito,
trazendo as àguas para o meu olhar.
Já cabisbaixa, ser tão imperfeito,
me entrego ao leito, desisto d'amar.
E a madrugada no meu corpo entra,
e o apaga como se fosse letra.
Luzia Cardoso (Luna)
RJ, 03/05/2010
leva às folhas um tom alaranjado.
Ensimesmada, vejo à minha frente,
marcas tristes, no meu rosto cansado.
As folhas caem, doce esperança,
penso nos sonhos que eu deixei voar.
E anoitece, quando a lua lança
sua cor de prata sobre o meu mar.
Ventos d'outono varrem o meu peito,
trazendo as àguas para o meu olhar.
Já cabisbaixa, ser tão imperfeito,
me entrego ao leito, desisto d'amar.
E a madrugada no meu corpo entra,
e o apaga como se fosse letra.
Luzia Cardoso (Luna)
RJ, 03/05/2010
Em interação com as poesias de Vima Piva ("Outonal") e Odir Milanez da Cunha ("A voz do Outono"), brilhantes poetas por quem nutro grande admiração.
Poesia publicada pela CBJE/RJ - Plenitude / Versos de Encantamento - Edição 2010
Poesia publicada pela CBJE/RJ - Plenitude / Versos de Encantamento - Edição 2010
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