Contigo no Corcel Cor de Prata
(Ao Poeta Odir )
Cavalgo contigo no corcel cor de prata,
para poder amar além do horizonte.
Um arco-íris vem nos fazer serenata,
jorrando muitas cores em forma de fonte.
O espelho do mar, querendo nos ver, refrata
toda luz que emitimos sobre cada monte.
Cavalgo contigo no corcel cor de prata,
para poder amar além do horizonte
Quando a alvorada chega, estrelas contrata,
para fazer a ponte desse sonho lindo.
Somos eternos, e nada nos arrebata
de viajar pelo infinito, reluzindo.
Cavalgo contigo no corcel cor de prata.
Luzia Cardoso
Em uma lúdica interação com o Mestre Odir Milanez da Cunha (Meu Corcel Cor de Prata).
MEU CORCEL COR DE PRATA
ResponderExcluirRondel I – Odir, de passagem.
(À poeta LUNA)
Cavalgo o meu corcel da cor de prata,
procurando a passagem do horizonte.
Venço o verde do mar, corto cascata,
folgo meu fardo no frescor da fonte.
O roçar dos arreios me maltrata.
Descanso o corpo e corro pro remonte.
Cavalgo o meu corcel da cor de prata,
procurando a passagem do horizonte.
Trotando em chão de pedra sigo à cata
da linha imaginada a mim defronte.
Como se fora franca passeata
por sobre a serra, por detrás do monte,
cavalgo o meu corcel da cor de prata.
PRECE AO TEMPO
ResponderExcluirOdir, de passagem
Por que não calas, tempo, as horas tuas!
Preciso, ao meu amor, de cada hora.
Mina os minutos do rumor das ruas,
antes que ela desperte e vá embora.
Por mais tempo que eu peça, continuas
a rodar nos relógios, como agora,
quando o sol sonda as suas coxas nuas
e devasso desejo me devora!
O sol, teu serviçal e servidor,
apresta a claridade, indiferente
à madrugada, que lhe encobre a cor.
Demora teu decurso, sê descente
nas contas computadas para o amor,
contemplando o prazer do amor da gente!
JPessoa, 30.01.2011
FINITUDE
ResponderExcluirOdir, de passagem
Abri todas as portas de meu peito.
Abri janelas no meu coração.
Modifiquei do amor todo o conceito.
Silenciei do beijo a sensação.
D’outros caminhos nunca fiz proveito.
Fui somente carinho e doação
Esperei esperanças.Foi sem jeito.
Sequer o sonho me estendeu a mão.
Plantei o verde que não verdejou.
Fiz um jardim. Nenhuma flor nasceu.
Portas, janelas, tudo se fechou!
Meu hoje no passado se perdeu.
Prendeu-me o tempo a tudo o que restou:
o silêncio, a saudade, o nada e eu!
JPessoa, 31.01.2011
É VIVENDO QUE SE VIVE
ResponderExcluirRONDEL 49 - Odir, de passagem
Seguindo os passos da poeta LUZIA que é LUNA
“É vivendo que se vive”,
disse-me o amor uma vez.
Um amor que nunca tive
em razão da timidez.
Mesmo que do amor me prive,
seu refrão em mim se fez:
“É vivendo que se vive”,
disse-me o amor uma vez.
Com ela não mais estive,
distamos há mais de um mês,
mas por mais que me motive,
fica do dito o jaez:
“É vivendo que se vive!”
JPessoa, 31.01.2011