Bora falar do Corona?
Tô ficando atordoado
Com tanta informação!
Isso não nego, não!
Às vezes, amedrontado,
Noutras, eu acho engraçado:
Uns me dizem, "Fique em casa!"
Outros, à troça dão asa?!
Sem trabalho, passo fome;
Porém, o vírus consome...
Frente à morte, grito: "vaza"!
Seu morrer, o bicho pega.
Sem cuidar mais da família,
Fica a morte de vigília.
E fogo, ela não nega,
Tampouco, ela arrega.
Vive à porta, à espreita.
Foice em punho, a sujeita!
Pronta pra vida ceifar
E tristeza semear,
Do vírus, se aproveita.
E, brincadeiras à parte,
O Corona "tá" bombando,
Na gente, multiplicando.
Isolada, mas com arte,
Chuto o vírus lá pra Marte:
Álcool ou água'e sabão,
Dou um trato em cada mão;
Podendo, fico em casa,
A ciência me embasa;
E não entro em multidão.
Se preciso ir à rua,
Vou com máscara no rosto.
Vírus não quero d'encosto.
A vida, minha e a tua,
Nesses dias, anda nua!
Num espirro, lá vai ela.
E não tem choro nem vela:
Com sorte, cai n'hospital,
Se não, terá funeral.
Basta uma piscadela.
Tonha dos Cafundó
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