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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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terça-feira, 14 de abril de 2020

Diário da Pandemia: a Curva do gráfico


Diário da Pandemia:

A Curva do Gráfico

Luzia M. Cardoso

Dia onze de abril,
Vírus se mostra feroz,
Já matou pra lá de mil,
Ao deboche d'outro algoz.

E a curva vai subindo,
Somando quem'está morrendo.
Empresários insistindo
Que cifrões estão perdendo.

Quem diz que é gripezinha,
Engana a  população.
A tristeza s' avizinha,
Vem sem pedir permissão.

Desce a chuva... Fios finos...
Lava a alma da cidade?
Por aqui, os desatinos
Causam mais perplexidade.

Carreata de carrões
Pede o fim da quarentena.
Ameaças, palavrões...
De quem morre não têm pena.

Querem ver Infectados
Setenta porcento' ou mais.
Pobres sendo desprezados?
Vivos, mortos, tanto faz?

Dizem que a economia
Pode vir a matar mais
Quem de trabalho vivia,
Parando, perde a paz.

Mas quem diz só não explica
É que sem se isolar
Tudo muito mais complica:
O vírus pode matar!

Quando entrar em ação,
 O organismo atacar,
Talvez, nem internação
N'hospital vai encontar.

Já se passaram dois dias,
Hoje, 14 de abril,
Infectados, avalias?
São mais de 23 mil!

Conforme estimativas,
São mais, quinze vezes mais!
E não há perspectivas
De ter gestão eficaz .

Mato Grosso em colapso,
Sem leito pra internação.
Em Minas, que esculacho!
Querem o vírus em ação?

Em São Paulo fazem festas
Os tais "cidadãos de bem".
Vão às ruas, tão infestas,
Dizendo que vírus não tem.

No Rio, dá agonia!
A quarentena é virtual?
O comércio, que ironia,
Aberto na vida real.

Feiras, barracas de rua,
Bazares, papelarias...
Livre, o vírus continua
Vivente nas cercanias.

O gráfico já alerta
Que o caos é iminente.
Mas vemos gente que flerta
Com um projeto indecente.

Sobe a linha, livre, reta,
Vai pegando impulsão.
Vírus mata até atleta,
Não freia com oração.

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