com cola reflete
a fria e dura
vida de pivete.
Criança que gruda
no corpo da gente,
cala com a bala
no dente, do pente.
Criança que grita
no sol e na chuva,
pula e dá banda,
nos carros da curva!
Criança que sonha
ter a vida em cor,
na pedra, a sanha
da fome, o pavor.
Por Luzia
Pois é, eu estava voltando do shopping e lá estavam ... Crianças, apenas crianças.
12/01/10. Após editar esse ensaio com o título "São crianças!!!!", fiquei a pensar na primeira estrofe:
"Criança na rua
vendendo chiclete!
Isso lá é vida,
brincar de pivete?"
Trabalho infantil não é brincadeira, tem consequências e devem ser tratadas de outra forma, sem dúvidas, com políticas públicas, mas porque não também com versos que traduzam melhor a labuta, a dor e o sofrimento, presentes na situação de rua, que é um dos efeitos da miséria?
Situação de rua, violência, droga, protituição e trabalho infnatil se misturam, seja na venda de balas, chicletes, no trabalho de flanelinhas, ou mesmo nas atividades mais subterrâneas. Daí, achei melhor mudar o título e alguns dos versos.
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