A Sunga
Luzia M. Cardoso
Os teus músculos perfeitos
Deixam-me ar rarefeito
No que queres desnudar.
E consegues o efeito,
Conturbando o meu peito,
Vê meu sangue transbordar.
O teu corpo desse jeito
Muda todo o conceito
Qu’alguém julga preservar.
A tua pele dita o pleito,
Quando posas satisfeito
Para os olhos provocar.
Essa sunga é só confeito,
Sobre o manto, o respeito
Sente a hora de faltar.
E assim eu aproveito,
Nos teus braços, me ajeito,
Deixo a onda comandar.
Rio de Janeiro, 30 de Setembro de 2012
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