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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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sábado, 29 de setembro de 2012

Pública Afonia (Poema em trovas no estilo medieval)


Pública Afonia



Foi-se o tempo do embate
n’arena, falas expostas.
Hoje, a cena do combate
é à sombra, pelas costas.

A esquerda à direita!
Siga os passos, manda a vez.

O medíocre s’aproveita,
quer valores do burguês.
Com migalhas se deleita,
diz que faz o que não fez.
                                                                    
A esquerda à direita!
Siga os passos, manda a vez.

Se conquistas vão a leis
e ameaçam regalias,
antes que as apliqueis,
vêm, vos calam covardias.

A esquerda à direita!
Siga os passos, manda a vez.

Falsos brilhos sem embargos
 corroendo as carreiras.
Serpentinas e afagos
abrem portas nas barreiras.

A esquerda à direita!
Siga os passos, manda a vez.

Traças sobem entre canos
onde oprimem operárias.
Não s’importam com os danos,
vão roendo arbitrárias

A esquerda à direita!
Siga os passos, manda a vez.

E os membros engessados
dizem que nada mudou,
pois, assim, tão amarrados,
ninguém viu, nem escutou.

A esquerda à direita!
Siga os passos, manda a vez.

A ordem vai pelo avesso,
maquiando o seu tom.
Todo lema é réu confesso,
da expressão matou o som.

Virtual é a bandeira
Cujo mastro a mão largou.


Luzia M. Cardoso
RJ, 29 de Setembro de 2012

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