Parecia
uma família feliz:
com
mãe zelosa, filha carinhosa,
Provedor,
o pai dava a diretriz,
numa
casa linda e mavilhosa.
Até
que um dia, a noite enfurecida
pegou
em suas mãos a genitora,
levando-a
em viagem só de ida,
deixando a vida ameaçadora.
“A
flor em botão no lugar da rosa?”
Sim.
Era como o cravo a desejava,
nos
segredos de um castelo encantado.
Presentes,
promessas, melada prosa
assustavam
a flor que mais chorava,
Vivia a temer o cravo inflamado.
E depois de penar um bom bocado,
Flor pois-se a pensar em uma saída.
Flor pois-se a pensar em uma saída.
Fugiu,
em pele de asno escondida.
Viver nas ruas parece ser sina.
Fugir de sapos, a vida ensina.
Viver nas ruas parece ser sina.
Fugir de sapos, a vida ensina.
Luzia M. Cardoso
Versão do conto de Charles Perrault. Pele de Asno. In, Mamãe Gansa.França, 1697.
olá! ótimos textos! obrigada por me seguir no twitter.
ResponderExcluirabraço.
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