CARTA AO PRESIDENTE
Meu Ilustre presidente,
não entendo o que acontece,
parece estar tão ausente,
ou não ter nada na mente.
Não vê que o povo padece?
O trabalho por aqui,
quando tem, é temporário.
Tantos tentam resistir
com alguns bicos por aí,
ou em algo temerário.
Crescem as periferias;
junto o consumo de drogas;
crianças sem alegrias;
jovens entrando em frias;
enquanto o povo te roga.
Veja, que situação:
os velhos abandonados;
muita gente na prisão;
tem a prostituição;
e os direitos violados.
Camponeses estão sem terra;
há famílias pelo chão...
Mas empresário não erra
o capital que encerra
o poder da exploração.
E o tal desenvolvimento?
Tanta coisa prometida...
Hoje sobrou só lamento,
muita tristeza e tormento
de nossa gente sofrida.
Se tudo isso não mudar,
outros irão sucumbir,
pras gangues podem entrar.
E se o crime comandar,
muros não vão resistir.
Luzia M. Cardoso
RJ, agosto de 2010
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