Drama
Humano
Tantos
nomes, Madalena
cruel
saga nesse mundo.
Sexo
e vícios num segundo.
Uma
façanha de deusa!
Tendo a cama como cena,
muitas taras satisfez,
numa
louca insensatez.
Homens
velhos experientes,
outros
novos, inocentes,
devoravam
sua nudez.
Fora
entregue ainda criança
às
corjas de vagabundos.
Com
beijos nauseabundos
mataram
a inocência
de
uma menina de trança,
que
cresceu, assim, fingindo,
e
a tudo permitindo.
E virou mercadoria,
trocada
por ninharia.
E foi só, se destruindo.
Muitos
falos em seu ventre
jorravam sêmen atroz,
ácido
gozo feroz.
Fertilizando
seus óvulos.
Ela
engravidava sempre...
Foi forçada a muito aborto,
sem
higiene ou conforto,
em
locais improvisados,
sujos
e amaldiçoados.
Lá
deixava o filho morto.
E
assim envelheceu
A Maria Madalena.
Aquela
dama profana,
virou
apenas um trapo.
Já
largada, padeceu.
Velha,
sem eira nem beira,
sem
dinheiro na carteira,
apenas
doenças herdou.
Nem
a fama conquistou.
Foi-se em nuvens de carreira.
Sem
filhos e sem família
só
padeceu, Madalena.
Perdeu
o viço, a morena.
Não
despertava desejos
seu
sorriso sem mobília.
E
seguiu, sempre pedindo
pelas
ruas foi caindo...
Foi hoje, a última vez...
Foi
pro céu? Não sei... Talvez.
Sei
qu'outras estão surgindo.
Por Luzia
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