Poesias e ilustrações: Todos os direitos reservados. Página no Youtube http://www.youtube.com/user/luziamaga
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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.
A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.
Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.
Luzia M.Cardoso
http://twitter.com/#!/luzia48
Direitos autorais registrados na FBN
Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.
Luzia M.Cardoso
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domingo, 31 de dezembro de 2017
terça-feira, 26 de dezembro de 2017
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
2018 por Inteiro
2018 por Inteiro
Eu quero ver as esquerdas nas ruas,
Megafones e carros de som ecoando
nas portas de fábricas, empresas,
nas entradas de terminais rodoviários,
ferroviários, metroviários
e nos centros comerciais
de cada bairro popular!
Eu quero ouvir o grito forte do trabalhador,
do estudante...
Militante, simpatizante,
organizado, desagregado
Sempre atuante...
Eu quero ouvir o coração
de cada cidadão, de cada cidadã,
bumbando forte o sangue quente
que corre nas veias
ferventes de verão.
Eu quero, por ser massa,
o povo fermento
em marcha unificada,
em marcha unificada,
bairro a bairro,
gueto a gueto,
tomando as estradas,
dobrando as esquinas,
rompendo os becos...
Despachando encruzilhadas!
Eu quero nossas cabeças erguidas,
elevando os nossos à linha do horizonte!
Eu quero nossos pés firmes, no chão,
Em movimento e sempre em frente!
Eu quero as nossas mãos ativas, juntas,
desentulhando todo esse caminho
que é nosso!
Eu quero te olhar
e eu quero que me olhe,
como eu me olho
e você se olha
nos espelhos nossos de cada dia!
Eu quero que o meu,
eu quero que o teu,
eu quero que o nosso futuro
seja por nós garantido,
arrancando-o das vitrines caras e luxuosas...
Terminais do mercado financeiro!
EU QUERO QUE FAÇAMOS
QUE O NATAL SEJA REAL!
EU QUERO UM ANO NOVO,
QUE GARANTA QUE A VIDA
SEJA BENDITA
- ABENÇOANDO O FRUTO -
PARA CADA UM DE NÓS!
- ABENÇOANDO O FRUTO -
PARA CADA UM DE NÓS!
EU QUERO, PARA TODOS NÓS,
O 2018 POR INTEIRO!!!
Luzia M. Cardoso
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
Tecidas Teses
Dialogando com o desenho de Fernando Szklo.

Sugestão de leitura:
A Mulher Aranha e a Mulher Pensamento.
A Lenda de Aracne e Atena.

Título do desenho:"Rosas a me Seduzir"
Foto e desenho de Fernando Szklo.
Sugestão de leitura:
A Mulher Aranha e a Mulher Pensamento.
A Lenda de Aracne e Atena.
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
A Montanha e o Sol
A Montanha e o
Sol
Ela não pode tapar o sol.”
(Provérbio chinês)
“Não importa o tamanho da montanha,
Ela não poderá tapar o sol.”
Se na planície faz sombra tamanha,
Atrás da serra há forte farol.
Por mais que invente qualquer façanha;
Qu'eleve o cume com frio cerol...
“Não importa o tamanho da montanha,
Ela não poderá tapar o sol.”
Por mais que a noite transborde em sanha;
Que outras forças se aliem em prol...
O dia nasce e das trevas ganha.
O céu se abre aos raios do sol,
“Não importa o tamanho da montanha.
Luzia M. Cardoso
domingo, 19 de novembro de 2017
Bonde Desenfreado (Rondó)
Bonde Desenfreado (rondó)
Rataria forma o bonde!
A mão grande não esconde.
Em conluio com os gatos,
Normatiza os assaltos
E quem sofre não responde.
Nas planícies, nos planaltos,
Rataria forma o bonde!
A mão grande não esconde.
E rói tudo a custos altos,
Sem temer força que a ronde,
Já que é sócia de arautos.
Rataria forma o bonde!
A mão grande não
esconde.
Luzia M. Cardoso
sábado, 18 de novembro de 2017
Com as Honras da Casa (Rondó)
Com as Honras da Casa (Rondó)
Gaviões comem primeiro!
Galos papam o dia inteiro.
Dez por cento da ração
E mais dez da criação
Quando entregam o galinheiro!
E brindando a união,
Gaviões comem primeiro!
Galos papam o dia inteiro.
Quando há contestação,
Forçam à submissão
Arrochando o cativeiro.
Gaviões comem primeiro!
Galos papam o dia inteiro.
Luzia M. Cardoso
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
Gavião no Galinheiro (Rondó)
Gavião no Galinheiro (Rondó)
Gavião, bicho matreiro,
Fez do galo seu olheiro.
Ronda a posse, lá do alto,
Rastreia morro e asfalto,
Controlando o galinheiro
Sem temor ou sobressalto.
Gavião, bicho matreiro,
Fez do galo seu olheiro.
Tosquiado, qual carneiro,
Frango pena o dia inteiro!
Quando um pinto pia alto,
Garnisé manda ser cauto.
Gavião, bicho matreiro,
Fez do galo seu olheiro.
Luzia M. Cardoso
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
Barquinho do Horizonte
Barquinho do Horizonte
(Rondel)
O barquinho do horizonte,
Que veleja à luz do sol,
Tem a popa n’anteontem,
Tem, na lua, um farol.
Caso o tempo lhe apronte,
Vira a proa pr’arrebol,
O barquinho do horizonte
Que veleja à luz do sol.
Ao mastro, a brisa é fonte,
Refrescante aerossol.
Onde atraca, tem um monte,
De lá, ouve o rouxinol
O barquinho do horizonte.
Luzia M. Cardoso
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
Triolé do "Deixa Rolar!"
Triolé do “Deixa Rolar!”
No alto, só barganhas.
Aqui, “Deixa rolar!”
Nas caras enfadonhas.
No alto, só barganhas
De partidas tacanhas
Com muito blá-blá-blá...
No alto, só barganhas.
Aqui, “Deixa rolar!”
Luzia M. Cardoso
domingo, 12 de novembro de 2017
sábado, 11 de novembro de 2017
Ao Tempo
Ao Tempo
Lá se vai a Primavera
Sem ter tempo de voltar
E sem porto de espera.
Passa longe o Verão
Das chamas à flor da pele,
Das águas que vêm e vão.
E o Outono, displicente,
Trança as palhas do caminho...
Se há flores, nada sentem.
Ventos frios pastoreiam
Rastros d’outras estações
Nas aves que’ainda gorjeiam.
E as nuvens lá de fora
Brotam dos olhos meus
Vendo as cores irem embora.
Luzia M. Cardoso
Dialogo poético com a segunda cena de Fernando Szklo que compõe o díptico "Inverno".
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
Em Tempos Reais
Em Tempos Reais
Quando adentra o temporal
Acinzentando a alma,
Ela, em sombras, s’espalma
No olho do vendaval.
Caem gotas que surpreendem
Quando alagam arredores...
Secam afetos, regam dores,
Muitos elos já desprendem.
As nuvens do litoral
Amordaçam corações.
Da razão, tantos senões...
Para o bem ou para o mal.
Sigo em frente o meu caminho,
Outros, perto, longe, atrás...
E a roda gira mais,
Juntando quem vem sozinho.
Luzia M. Cardoso
Dialogando com uma das cenas que compõem o díptico "Inverno", de Fernando Szklo, em homenagem a mim e ao poeta Odir, pelo dueto de mesmo nome. https://evivendoquesevive.blogspot.com.br/2012/07/inverno-dueto-odir-milanez-e-luzia-m.html
domingo, 29 de outubro de 2017
Triolé do Pinto Mau
Triolé do Pinto Mau
O pinto traiu o galo
E muito vai lhe doer,
Se o mal lhe traz regalo.
O pinto traiu o galo!
Do que causou o abalo,
Ele irá se arrepender!
O pinto traiu o galo
E muito vai lhe doer!
Luzia M. Cardoso
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
O Dia B
O DIA B
Quando o tempo permitir;
Quando o sol não mais queimar;
Quando a noite não cair...
Quando o outono acabar;
Quando o roseiral florir;
Quando o cravo perfumar...
Quando o rio bem fluir;
Quando o vento refrescar;
Quando a ressaca abrandar...
Quando a bota não pesar;
Quando o chumbo não furar;
Quando o pau não mais baixar...
Se o espelho limpar;
Se cara a cara eu ficar;
Se em ti me refletir...
Nesse dia, só, então,
Quando todos derem a mão,
Teremos uma Nação.
Luzia M. Cardoso
RJ, 25\10\2017
domingo, 22 de outubro de 2017
Triolé do Scott Mingau
Triolé
do Scott Mingau
Mingau virou as costas,
Ratinhos vão à farra?
Mingau terá respostas!
Mingau virou as costas!
Com unhas bem expostas,
Termina a algazarra.
Mingau virou as costas!
Os ratinhos vão à farra?
Luzia M. Cardoso
Triolé do Anjo da Guarda
Foto de Fernando Szklo, de um quadro a óleo pintado pelo próprio:
Uma intervenção a partir de um dos anjos de Rafael Sanzio.
Triolé
do Anjo da Guarda
Um anjinho t’acompanha,
A bons caminhos conduz!
De bênçãos ele te banha.
Um anjinho t’acompanha.
Não teme e não estranha,
Dá-lhe a mão, recebe a luz!
Dá-lhe a mão, recebe a luz!
Um anjinho t’acompanha .
A bons caminhos conduz!
Luzia M. Cardoso
sábado, 21 de outubro de 2017
Por Metro
POR METRO
Sou pedreiro, faço pontes,
Faço prédio, faço estradas
E também faço o mirante,
Como faço a sacada
Onde prendo aquela rede
Que te guarda, na jornada,
Quando miras o horizonte.
Sou pedreiro e me apronto
Para toda e qualquer obra.
Do que faço, eu me orgulho:
Troco piso do banheiro,
Sala, quarto e cozinha.
Sou quem ergue as paredes
Pondo vigas e tijolos.
Bato lajes, boto telhas,
Faço escadas e muito mais.
Nesse mundo de meu Deus,
Devo ser seu assistente.
Se tens casa para erguer,
Uma para consertar,
Podes, pois, me contratar.
Hoje, agora, ou logo mais,
Amanhã ou outro dia.
Deixarei meu telefone,
Assim podes me chamar.
Onde estou, tem outros mais.
Somos muitos, muitos, tantos.
Há ferreiros, há pintores,
Marceneiros, armadores,
Serventes, encanadores,
Eletricistas e bombeiros,
Cozinheiras, confeiteiras,
Há babás e faxineiras,
Lavadeiras, costureiras,
Sapateiros, artesãos...
Do trabalho, o que pensares,
Tu encontrarás por lá.
Onde estou, tem outros mais.
Outros tantos pés e mãos
Com projetos na cabeça
De ter vida para todos
E que nunca haja fome,
Nem crianças ao relento;
Onde velhos contem histórias
Registradas em memórias;
Onde existam garantias
Do presente à vida afora:
De um futuro sem muros;
Onde todos tenham nome
E um mesmo sobrenome:
Que sejamos os “da Terra”,
Desfrutando dos recursos
Dessa Terra de humanos,
Dessa Terra de mortais.
Onde vivo, vivem mais.
Todos nós, em movimento.
Todos nós, trabalhadores,
Na massa, somos fermento
E a liga mais concreta,
Pois, do chão à construção,
Imprimimos digitais.
Trabalhadores com sonhos,
De esperanças repletos...
Apesar do pesadelo
De ver faltar o provento
Pra pagar o aluguel;
A desapropriação,
Noites de chuva e frio,
Do cacete e do berro,
Dos fantasmas sob a ponte,
Das sombras, dos funerais...
Nós somos trabalhadores
E não somos virtuais:
Sangue corre nas veias,
Suor escorre na pele,
Nosso corpo sofre ao tempo,
Nossas lágrimas são reais,
São reais nossos afetos.
Nós somos trabalhadores,
Trabalhadores Sem Teto.
Luzia M. Cardoso
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Gatos e Ratos (no mesmo mote)
Gatos e Ratos
(no mesmo mote)
Já não sei mais, “seu” doutor,
O que é certo ou errado,
Quem é deste ou do outro lado,
Do Diabo ou do Senhor,
Quem goza ou sente dor.
Praga, que tudo infesta,
Corrompe gente honesta
Com farsas e vis propostas.
Gatos nem mais dão as costas,
Com ratos, fazem a festa!
O troca-troca, lá no alto,
Avilta quem está no chão,
Deixando muitos sem pão.
Da planície ao planalto,
Desproveem, de assalto,
Nossa gente tão modesta.
E ninguém se manifesta!
Querem votos e apostas.
Gatos nem mais dão as costas,
Com ratos, fazem a festa!
Amarelam os vermelhos,
Os de faces arroxeadas!
Varandas gourmetizadas
Cobram dobras de joelhos,
Pois não metem os bedelhos
Gente que jura, atesta,
E a tudo já se presta,
Pr’afiançar rola-bostas.
Gatos nem mais dão as costas,
Com ratos, fazem a festa!
Cai máscara da geral
No horário que é nobre.
Ninguém teme, nem encobre,
Tanta prática amoral.
Tamanha cara-de-pau!
Não se espia pela fresta
O que à luz se manifesta.
As cartas foram expostas!
Gatos nem mais dão as costas,
Com ratos, fazem a festa!
Luzia M. Cardoso
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
domingo, 15 de outubro de 2017
sábado, 30 de setembro de 2017
Malas
Malas
Malas fechadas,
repletas, caras,
voando alto,
caiam fazendas,
branqueiam empresas,
também, salões
de altas mansões.
Descem em planaltos,
planícies, asfaltos,
por terra e mar...
Saltam em porões
das delações.
Se chegam aos morros.
becos e ruelas,
Pó de favelas.
De mão em mão,
caem nos espaços
dos pratos rasos
dos que queriam
um par de asas
Para voarem
além das sombras
das periferias.
Lá, não sobram malas.
Lá, só mandam balas.
Lá, jaz no asfalto
esperanças frias.
E a média fachada
bate as panelas
da euforia.
Luzia M. Cardoso
RJ, 30\09\2017
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
Tempos de Mim
Tempos de Mim
Às vezes,
leve como uma manhã primaveril.
Noutras,
tempestades, trovoadas
e ventania em alto mal.
Luzia M. Cardoso
RJ, 29\09\2017
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
sexta-feira, 16 de junho de 2017
GRILHÕES
Grilhões
Co’Amor de minha vida
Pensei em ser feliz,
Logo, surpreendida,
Co’a vida por um triz.
Xingou-me de vadia,
Piranha, arrombada...
Que,’agora, me queria
Ver morta na estrada
Desfez do que eu fiz,
De todos os meus amigos
Cortou-me a raiz.
E diz que me protege
Tornando-se o perigo,
Pintando-me de bege.
Depois dos safanões,
Dos chutes, bofetadas,
Suplica por perdões,
... Me sinto tão
culpada...
Rasgou meus documentos,
Movido a rancor.
De mágicos momentos,
Ao inferno da dor.
Diz que se arrependeu
Que não estava em si
Quando me ofendeu
Eu sinto tanta pena,
Que fico presa aqui,
Com rezas e novena.
Há dias de carinho
Seguidos às explosões.
Lá fora, tão mansinho...
Cá dentro, turbilhões.
Até pensei fugir...
Olhando os meus filhos,
Não vi pra onde ir,
Com tantos empecilhos...
Há os que acreditam
Que gosto d’apanhar
E muitos me evitam.
Pensam que sozinha
Posso me libertar
Do mal que s’avizinha.
Em mim, não creio mais,
Sinto não ter saída.
Distante da tal Paz
Em trágica partida
E sigo a vida assim...
Rodo num ciclo louco.
Sem forças, já sem mim...
Morrendo, pouco a pouco.
Às vezes, na certeza
De ser o próprio mal,
Largo-me à correnteza...
Noutras, já acredito
Ser tudo tão normal,
Fecho meu veredito...
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