Malas
Malas fechadas,
repletas, caras,
voando alto,
caiam fazendas,
branqueiam empresas,
também, salões
de altas mansões.
Descem em planaltos,
planícies, asfaltos,
por terra e mar...
Saltam em porões
das delações.
Se chegam aos morros.
becos e ruelas,
Pó de favelas.
De mão em mão,
caem nos espaços
dos pratos rasos
dos que queriam
um par de asas
Para voarem
além das sombras
das periferias.
Lá, não sobram malas.
Lá, só mandam balas.
Lá, jaz no asfalto
esperanças frias.
E a média fachada
bate as panelas
da euforia.
Luzia M. Cardoso
RJ, 30\09\2017
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