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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

NUA



NUA
Luzia M. Cardoso


Minhas roupas já estão velhas,
sujas, curtas,
e muito me apertam
com o desconforto
desse mundo.
Sinto-me sufocar!
Fujo, no tormento estridente
de tantos lamentos...
E caio,
tropeçando nas chagas,
ainda em botões,
que em mim sangram.
Vingo-me.
Do viço dos olhos da alvorada?
Que nada!
Que rolem as lágrimas
em pétalas
rubras!
Sigo a via
pulsante no solo
da vida!
Sem acreditar, eu chego
e retiro tudo,
peça a peça.
Primeiro, quebro a máscara,
moldada na farsa das horas de meus dias;
depois, arranco o fecho das vestes de seda
crespa
que insistem em alfinetar o meus senso;
rasgo as mudas
íntimas,
coladas na insensatez
de meus pensamentos;
desfaço, fio a fio,
a fina meia verdade;
por fim, jogo, num canto qualquer,
esses calçados opressores,
de couro fétido e curtido
nos falsos valores
morais, fatais
e em tantos outros ais...
E, de repente,
sobre brasas quentes,
sinto a tua mão...
Ah, que doce momento...
como folha solta,
sem amarras,
entrego-me
ao vento sedento
de teu manto.





E um belo poema que nos brindou o poeta Odir da Cunha, no Canto do Escritor, em 22 de Setembro de 2010


Interagindo com a poeta LUZIA, que era LUNA




NUDEZ 


Odir, de passagem




Não sei por que mistério essa voz tua
dá-me idéias diversas quando falas

comigo ao telefone, ou quando calas
e a voz do teu silêncio se acentua.


No teu silêncio me apareces nua

nos passos que aos meus passos intercalas.

Enquanto fala o teu silêncio, exalas
cheiro de flores flauteando a rua.


E assim despida na noturnidade
dos meus passos de sonhos e saudade,
pela rua que cala um ser sozinho,

segues comigo, sombra de vontade
do obsceno, em cena de verdade,
da nudez de nós dois num mesmo ninho. 


oklima

Disponível em:
http://www.cantodoescritor.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5703-nua&catid=39&Itemid=69&joscclean=1&comment_id=24375#josc24375


Obrigada, doce poeta Odir!!!!

Beijos

Luzia

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