Ronda
Ronda a Noite, invade a favela,
Apaga as luzes que há por lá.
O disparo frio dos olhos dela
Gela tudo, aqui, aí, acolá...
Se sonhos de meninos têm mil cores,
As cores se assombram com as velas...
Há cera quente escorrendo dores,
Nutrindo os enredos de novelas.
Faces se contraem à escuridão
Nas ondas que atormentam a Maré,
Que cobrem a Rocinha, Alemão...
Correntes qu’arrastam o Jacaré.
A carga cai nos guetos do Brasil
E tudo sob um céu azul anil.
Luzia M. Cardoso
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