Em nossas Mãos
Luzia M Cardoso (RJ, Brasil)
José-Augusto de Carvalho (Alentejo, Portugal)
No tempo, aos sons que não sei decifrar
Com sons que não decifras te respondo
E se ambos não podemos retornar
O ser de outra linguagem tento e sondo
Talvez o movimento da lagoa
se a pedra cai nas suas águas mansas
Talvez o golpe de asa que povoa
Um mundo carregado de esperanças
Nas minhas mãos embalo, com desvelo,
ardente, o meu desejo de enxergar
Além da fibra tida por modelo
Amigo, vamos, juntos, encontrar
Uma resposta ao teu e meu apelo
P’ra que possamos nos comunicar
24 de novembro de 2010
Esse poema foi construído para atender ao pedido de uma aluna universitária, que o interpretou, em libras, na ocasião de apresentação de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), na UNISUAM, RJ, Brasil, em 08 de dezembro de 2010, cujo tema foi "A inclusão dos alunos surdos na rede regular de ensino".
As mãos do poeta José-Augusto de Carvalho deram a suavidade e a beleza necessárias à abordagem do tema.
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