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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O Homem e a Rosa


Parte I


O homem chega à bela rosa
pra levá-la de seu mundo,
onde é iluminada
pelo sol, pelo luar,
onde sente, em suas pétalas,
escorrer um fresco orvalho.

Que são gotas de orvalho?”
Indaga o homem à rosa.
Dou-te beijos entre as pétalas,
dou-te o centro do meu mundo.
Pela luz do meu olhar,
serás mais iluminada.”

Rubra rosa iluminada,
refrescando-se no orvalho,
olha o homem ao luar,
e em ondas cor-de rosa,
expande, à luz do mundo,
suas perfumadas pétalas.

Ameigando-lhe as pétalas,
com iris iluminada,
o homem, aos olhos do mundo,
recolhe o mais doce orvalho,
acendendo toda a rosa,
que o despe ao luar.

O homem nu, sob o luar,
sente tão suaves pétalas.
Rubro, já no tom da rosa,
dá-se à terra iluminada.
Da rosa, sorve o orvalho
mais sublime desse mundo.

E nus, aos olhos do mundo,
rosa e homem, ao luar,
deixam, ao vento, suas pétalas.
Espumando forte orvalho,
numa força iluminada,
rega o homem aquela a rosa.



Incendiados, entre pétalas,
homem e rosa, ao luar,
vivem ondas cor-de-rosa.


Parte II


Foram as horas cor-de-rosa
mais velozes desse mundo.
Hoje, mal iluminada,
rosa chora sem luar.
Sem o frescor do orvalho,
o homem amassa suas pétalas.

A flor seca, e sem as pétalas,
não é mais nenhuma rosa.
Jaz sozinha nesse mundo.
Só espinhos, sem orvalho,
não quer ser iluminada,
tem vergonha do luar.

Noite alta, sem luar,
serenando sobre as pétalas
que estão iluminadas
pelo sonho de uma rosa
desejada pelo orvalho
mais teimoso desse mundo.

Com espinhos, cai no mundo
rosa seca sem luar.
Escondeu-se do orvalho,
encolhendo-se, sem pétalas
Murcha, chora. Pobre rosa!
Seca e mal iluminada.

Lua cheia, iluminada,
deu a volta em todo o mundo.
Entre espinhos, viu na rosa
um frágil broto ao luar,
com o galho, sem as pétalas,
adornado pelo orvalho.

E cresceu, no fresco orvalho,
a roseira iluminada.
Hoje, aquelas secas pétalas
revigoram o chão do mundo.
Todo dia, ao luar,
desabrocham novas rosas.


Espinhos protegem as rosas
dos que querem, desse mundo,
só o feitiço do luar.

Luzia M. Cardoso


4 comentários:

  1. Em um novo estilo, adorei teus poemas, ó Luzia que és Luna. Como o vinho, estás cada vez mais ligada às coisas boas da vida através da maturação dos versos teus, que aplaudo com louvor total. Beijando-te abraços, Odir

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    Respostas
    1. Que prazer ter a tua presença nesse meu cantinho, doce poeta Odir Milanez!!! Adorei! Beijos

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