Madrugada
Fico a refletir sobre a malfadada vida.
Olhar perdido, brilho a tempo esquecido.
Fico a refletir com a minha alma partida,
devido a tantos sonhos largados no lodo.
As lágrimas que caem, uma dor desvela,
escorrendo na face que o tempo não erra.
Eu sou essa folha seca e amarela,
com previsão d'um dia voltar para a terra.
E a solidão do tempo de tantos tormentos,
no instante do vento frio dessa hora,
me empurra para o fundo do poço, em minutos.
Em segundos, minha alma vestida de lama,
consumida nas chamas de um amor de outrora,
não pode ser a rosa que o verso reclama.
Luzia M. Cardoso
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