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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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domingo, 2 de agosto de 2020

Diário da Pandemia: Junho




 
Diário da Pandemia: Junho



Dos hospitais de campanha
Previstos para o Rio,
Os quais ninguém acompanha,
 Há denúncias de desvio.

Não saíram do papel,
Não prestaram assistência,
Enrolados em carretel
Por tamanha incompetência.

Em Brasília, quem diria,
Fascistas aumentam o tom.
Debocham da pandemia,
Saudosistas do bem-bom.

Dois de junho enlutado,
Mortos, mais de trinta mil.
O povo atordoado
Neste imenso Brasil.

Hoje são quatro de junho,
Mais de mil mortes por dia.
Se um mostra que tem punho,
Outros puxam a rebeldia. 

Entra e sai no ministério.
Não há médico que fique
Quando entope o cemitério
E governo mais complique.

Curva vai desenfreada
Com dinheiro para o ralo,
E gente desembestada
S'aglomera no embalo.

Fazem festa do corona,
Erguem brinde ao Covid.
Se loucura vem à tona,
A doença mais progride.

Interino na Saúde,
Indicado é general.
A morte, amiúde,
Se instala n'hospital.  
 
O vírus, desembestado,
Segue Brasil a dentro.
Se'o povo não for testado, 
Viraremos epicentro.  
 
O vírus não rastreado
Segue sem nenhum controle, 
Deixa o povo atordoado  
Com a morte que o engole.
 
Entram outros militares
Pro segundo escalão.
Saúde requer pilares  
De'uma outra formação.

Pois se fosse ao contrário:
Um médico no batalhão
Que num ato arbitrário
Desmontasse o pelotão,
 
Seria guerra perdida
Com com soldados dizimados
Nossa terra invadida 
Por invasor governados.

Junho vai fechando a porta
E cinquenta e nove mil
Mortes ele já reporta,
Pra tristeza do Brasil.

Luzia M. Cardoso

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