Poesias e ilustrações: Todos os direitos reservados. Página no Youtube http://www.youtube.com/user/luziamaga
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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.
A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.
Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.
Luzia M.Cardoso
http://twitter.com/#!/luzia48
Direitos autorais registrados na FBN
Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.
Luzia M.Cardoso
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domingo, 30 de dezembro de 2018
sábado, 29 de dezembro de 2018
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
domingo, 23 de dezembro de 2018
sábado, 22 de dezembro de 2018
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
domingo, 16 de dezembro de 2018
terça-feira, 20 de novembro de 2018
Ondas
Ao meu amigo
Fernando Szklo,
Ondas
Corpos vagueiam e
se desconhecem,
Milhares de rostos
tendem a pouco falar,
Olhos diversos
também emudecem
Ao giro da roda que
nos larga a girar.
Mas, se a noite
cai, as estrelas aparecem
E tempestades nos
levam a nos abrigar.
Na travessia, há
mãos que se oferecem
E braços que chegam
para nos abraçar.
E esse vai e vem que
concebe o ludibrio,
Que sempre que
vem nos leva ao escabrio,
Revela que em
sombras nem tudo é sombrio.
Se rodas emperram,
há algo a azeitar.
Tem lá nos
ponteiros sonhos para sonhar
E no tormento do mar,
haverá terras a avistar...
Luzia M. Cardoso
sexta-feira, 16 de novembro de 2018
Pacto do Silêncio
"Um país que quer ser grande
tem que proteger quem
não terminou de crescer."
(Programa Nacional de Enfrentamento
da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes)
Pacto do Silêncio
E
no sacrossanto lar
Lá,
na sagrada família,
Que
a menina Cecília
Anda,
aos cantos, a chorar
Pensa,
até em se matar.
Ela
vive atormentada,
Autoestima
rebaixada,
Sem
ninguém pra confiar.
Lá,
entre quatro paredes,
O
silêncio fez-se pacto,
A
cegueira causa impacto.
Grandes
mãos violam redes
E
outros membros... Vós não credes?
Estão
sempre a assombrar,
Não
respeitam seu lugar.
Criam
oportunidades
E
cometem atrocidades
Que
tendem a perdurar.
O
cuidador causa medo
Insistindo’em
lhe tocar
E
seu corpo violar.
Dias,
sóbrio, dias, bêbedo,
Ele
abusa desde cedo,
Muito
antes d’ela andar,
Muito
antes de falar.
Fraldas,
ainda usava,
Já
no berço onde estava,
Grandes
mãos iam assombrar.
Anos
e anos passaram
E
Cecília encolhia,
Sua
face’entristecia.
Móveis
mudos se fecharam,
Corpo
e alma destroçaram,
Lá,
no sacrossanto lar,
Onde
as sombras vão reinar.
Cecília
vive’em perigo,
Pensa
qu’aquilo é castigo,
Que
não há como’evitar
Para
a mãe já quis contar,
Ele logo ameaçou,
Mais
violento ficou,
Dizendo
qu’ia matar
Qu’ela
tinha qu’aceitar.
E
xinga de vagabunda,
Diz
qu’é menina imunda,
Que
tem que se sujeitar.
Ela
vive a sufocar
Na
tristeza em que afunda.
Certo
dia, na escola,
Ela
ouviu, numa lição,
Que
podia dizer “Não”.
Qu’o
corpo não se viola,
Que
criança não s’isola.
E
que, se assim for feito,
A
justiça dá um jeito,
De
que tudo tenha um fim.
Chamando
o ente ruim
Pra
corrigir o sujeito.
E
Cecília, confiante,
Foi
falar à professora
Sobre
os dias qu’a apavora.
Ouvindo
da estudante
O
fato tão humilhante
Resolveu
que ia acionar
O
Conselho Tutelar.
Conselheiro,
prontamente,
Pegou
o caso de frente,
Se
pôs a investigar.
Foi
à casa de Cecília
Ouvir
cada responsável
Sobre
o inaceitável.
E
ouviu toda a família,
Inclusive, a Cecília.
Pediu
avaliação
E
de multiprofissão.
E,
assim, se constatou
O
horror qu’ela passou
Nos
anos de solidão.
Afastou
o agressor
Promovendo
a proteção
De
Cecília e do irmão.
Com
juiz e promotor,
Para
o réu, o defensor,
Coibindo
o abuso.
Criança
não é pra uso,
Nem
pra satisfazer tara,
Conforme
se comprovara
No que estava escuso.
Mas
um dia, certa gente
Resolveu
tudo mudar
E
professores calar,
Apresentando,
urgente,
Uma
norma’inconsequente.
Dizendo
ser deletéria
O
que tratava a matéria.
Inventaram
kit gay.
Alguém
viu? Eu indaguei.
A
nota não era séria.
Mas
o estrago foi feito:
Professores
com mordaça
E
criança em desgraça,
Para
grupo satisfeito
Com
o que havia feito.
Cecília,
Ana, João,
Mariana
e o irmão,
Mais
crianças inocentes
E
também adolescentes
Sob
tal aberração.
S’escola
não informar
Sobre
o corpo, sua função,
Não
disser que há sanção
Para
quem vir maltratar,
Da
infância abusar,
Outras
serão violadas
E,
também, assassinadas,
Lá,
no sacrossanto lar.
Pois
quem devia cuidar
Impõe
que fiquem caladas.
Luzia Magalhães Cardoso
domingo, 11 de novembro de 2018
Formigueiro Atarantado
Formigueiro Atarantado
Formigueiro
atarantado,
Atolado
em fumaça,
Deixa
o ninho descuidado
E
a tudo ele rechaça.
Já
não segue emparelhado,
Roda
aqui, roda acolá.
Rodando
por todo lado,
Reticente blá, blá, blá!
Que
não liga pra besteiras,
Faz
a cama e se deita.
Já
não teme ferroadas
E
devora as fileiras
Pelo
vento carregadas.
Luzia
M. Cardoso
sexta-feira, 2 de novembro de 2018
Assombrados
Assombrados
Se não projeções
de algo
Que, por mediações,
Cria formas
Ao obstruir a luz
do Sol?
O que são as
sombras,
Se não imagens
Distorcidas pelo ângulo,
Pela distância
E pelo movimento
De algo que dista
Entre o Sol
E o expectador?
de sombras,
Se não meros assombrados?
Tontos, já se perderam
da luz do Sol.
Luzia M. Cardoso
Sombras - Tela de Fernando Szklo.
Tinta acrílica sobre papel Canson para aquarela
Tinta acrílica sobre papel Canson para aquarela
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
ET IMPOTES MENTIS
Tela de Heitor Rico
Óleo sobre tela - 28\12\1962
Exposição do Museu do Inconsciente - HPII, RJ
Foto de Luzia M. Cardoso
ET IMPOTES MENTIS
No horizonte, a
tempestade
Assoprando um
vento frio;
Ao açoite, a
liberdade;
Aos destroços, tanto
brio.
E o sol que não
desponta
E o luar que não responde
E a noite que amedronta
E a sombra não s’esconde...
Cabisbaixa a
boiada
Vai seguindo, em
fileira,
Para a lâmina
afiada,
Que a terra mais arrubra
Com a massa na
esteira,
Que, demente, elucubra.
Luzia M. Cardoso
sábado, 20 de outubro de 2018
Pombo Correio
Pombo
Correio
E, se por acaso, a tempestade chegar
Muito mais adense as nuvens no
horizonte;
E, se por acaso, o chão com sangue
regar
As feras em cio que saltam d’anteontem;
E, se por acaso, os cancros se espalharem
Por verbo envenenado e mãos
inconsequentes,
E, se por acaso, rosas despetalarem,
Do roseiral esmaguem brotos e sementes;
Passe bem ao largo do leito qu'acolher;
Nos olhos, falso’arroio, não deixe
nascer;
Não faça orações pra’alívio de pecado;
Sem mel em palavras, pois tendem a
feder;
Grite, aos quatro cantos: “Fez por
merecer!”
Mas, se algum remorso vier a te’afligir,
Plante uma roseira e cuide pra florir.
Luzia M. Cardoso
quinta-feira, 18 de outubro de 2018
quarta-feira, 10 de outubro de 2018
Cigarras X Formigas
Cigarras X Formigas
Mote popular:
"Com ódio das Formigas
As Cigarras
resolveram
Eleger a inseticida!"
Era um bosque
muito raro,
Com riquezas minerais,
E outras
especiais.
Quando tudo ficou
caro,
A sensação de
desamparo
Logo, logo, se
espalhou,
Lá, o ódio germinou.
Antes, viventes
felizes,
Se investiram de
juízes
E tudo se desgovernou.
A formiga virou
bode.
De tudo era a acusada,
Odiada,
condenada.
Recebeu tanto sacode,
Ouvindo que’aquilo
pode.
As Cigarras, em
cantoria,
Criaram consultoria,
Se dispondo a orientar
O que tinha que
mudar
Sob aplausos de euforia.
Procuraram um bom
ator
Que dissesse
seguir Deus,
Que pregasse armar
os seus.
Violento, ditador,
Indiferente à dor.
Havia, entre os
entes,
Um domador de
mentes
Que foi logo
apoiado,
Em salvador
transformado,
Apesar dos
precedentes.
Foi, assim, que as
Cigarras
Tendo raiva de Formigas
Se tornaram inimigas.
Infladas de muita
marra,
Com odiosa algazarra,
Formaram uma
torcida,
Violenta, fratricida
E se deram a
apoiar
Para o bosque
governar
Uma forte inseticida.
Luzia M. Cardoso
terça-feira, 9 de outubro de 2018
Repente do Desafio
Um eleitor do BNão entrou em uma postagem minha, no FACEBOOK e, em poesia de cordel, dizia que BNão dispensava os votos de quem votou em Haddad. Então, eu o respondi assim:
Repente do Desafio
Um eleitor matreiro,
Daquele tal candidato
Com décadas de mandato,
Adentrou em meu terreiro
De um jeito sorrateiro.
E, na oportunidade,
Deu-se a falar de Hadad,
Dos votos que ele tem,
Dos eleitores também.
Descuidou-se da humildade.
Era cabra de talento.
Parecia iludido
Ou não teria aprendido
Que desprezo traz tormento
E o próprio desalento
Há que ter maturidade.
É bom passar da metade,
Prevenindo frustrações.
Estreitando relações,
Elegeremos #Haddad !
O meu voto prega o bem;
Valoriza a mulher
Com respeito, onde estiver
Incentivando ir além
Sem ter que dizer “amém”
Para machos da cidade.
Com escolhas de verdade,
Livre de perseguições.
Estreitando relações,
Elegeremos #Haddad !
Não pregamos extermínio;
Não criamos desavenças;
Respeitamos diferenças.
Sem armas, sem patrocínio,
Sem ódio e sem fascínio,
Proclamando a verdade,
Com muita serenidade,
Ganharemos corações.
Estreitando relações,
Elegeremos #Haddad !
Basta de homofobia,
Racismo, iniquidade.
Promovemos igualdade
Num caminho de alegria
Sem ódio, sem covardia,
Sem ato de crueldade,
Truculência, insanidade.
Vencendo corporações,
Estreitando relações,
Elegeremos #Haddad !
Nós iremos revogar
Um ato d’insanidade:
A tal PEC da maldade
E o SUS financiar
Pra poder assegurar
A universalidade
E a integralidade
Em todas as regiões.
Estreitando relações,
Elegeremos #Haddad !
Economia a girar
Retomando obras paradas
De casas e de estradas.
Com condições pra morar
E também pra transitar
Pelas ruas da cidade.
Segurança e liberdade
A todas as gerações
Estreitando relações,
Elegeremos #Haddad !
Luzia M. Cardoso
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