Ao meu amigo
Fernando Szklo,
Ondas
Corpos vagueiam e
se desconhecem,
Milhares de rostos
tendem a pouco falar,
Olhos diversos
também emudecem
Ao giro da roda que
nos larga a girar.
Mas, se a noite
cai, as estrelas aparecem
E tempestades nos
levam a nos abrigar.
Na travessia, há
mãos que se oferecem
E braços que chegam
para nos abraçar.
E esse vai e vem que
concebe o ludibrio,
Que sempre que
vem nos leva ao escabrio,
Revela que em
sombras nem tudo é sombrio.
Se rodas emperram,
há algo a azeitar.
Tem lá nos
ponteiros sonhos para sonhar
E no tormento do mar,
haverá terras a avistar...
Luzia M. Cardoso
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