eu vi escuras ruelas, sem a luz da poesia.
Fui direto para fora... Onde sobem as paredes,
muitos caem pela sede ... E o sonho não vigora.
Lá, não vi o horizonte, nem a sombra da aurora.
Onde o sol ficou de fora, não há cores, nem poente.
Lá, o medo pulsa a aorta, frente ao lodo que avança.
Vi morrer toda a esperança, com a dor batendo à porta...
E minha fé foi para o léu, pois ali, naquele dia,
enxerguei o que não via: a imagem dos sem céu
Luzia M. Cardoso
Muito real. Não há só beleza lá fora. E em algum momento vamos olhar tristes essa realidade doída.
ResponderExcluirBjs.
Pungente!
ResponderExcluirÉ bom qdo conseguimos nos aproximar e sentir de realidades outras. Bjs Eliane Triska
Num mundo de globalização em todos os sentidos, creio que fica reservado à Poesia o sentimento dos excluídos muito bem sentido, notado e representado por sua caneta!
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