A pesquisa científica
Não é coisa pra amador
Por mais que cuidei do método
Volta e meia, vem a dor
No caminho, as surpresas
Que me chegam sempre a rodo.
Já dizia o poeta
Dom Antônio Machado
É preciso caminhar
Além do que foi traçado
É você e a estrada...
Pegadas pra rastrear.
Foi assim que adentrei
Nos caminhos da ciência
Fiz projeto, planejei
Com doses de paciência
Mas o campo é matreiro
Vai testando a resistência
São muitos os imprevistos
E barreiras no caminho
Várias curvas, sem atalho
Eu me sinto tão sozinha
Cansada, em desespero
Vislumbrando mais trabalho.
Hora ou outra, sento um pouco
Olho atenta para a frente
O passado é história
O agora é o meu presente
Analiso o que se mostra
Nessa minha trajetória.
Observo as barreiras,
Sua origem e natureza
Avalio as ferramentas
É preciso de destreza
Pra caminhar sobre pedras
Há as úmidas, barrentas
Com cautela, vou mexendo
Nas pedras do meu percurso
Mas cuidado com as grandes
Nesse caso, o recurso
Quase sempre é contorná-las
Devagar e sem alardes
Vou seguindo pelas pedras
Meus calçados estão gastos
Escorrego, vou ao chão
Meus recursos, já exaustos
Não sustentam os meus passos
Tatear é a opção.
Minha trilha é na montanha
Onde há pedras a rolar
Capacete na cabeça
Corda pra me segurar
Rogo que nessa escalada
A persistência prevaleça
Luzia M. Cardoso
RJ, 11\04\2025
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