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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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sexta-feira, 22 de maio de 2020

Diário da Pandemia - ainda em maio



Diário da Pandemia
Ainda Maio


Chega o onze de maio
Nessa quarentena flácida.
Entre gatos e balaio,
A esquerda calma e plácida.

Ratos e gatos em festa
Abocanham de montão
Essa praga tudo infesta,
Quem assiste lava a mão.

Nessa terra de ninguém
Muita bala ė achada
Naqueles sem um vintém,
Cerra a luz da alvorada.

João, um menino preto
Que'um projétil derrubou.
Jovem corpo no concreto
Que o Estado descartou.

Inocentes vão ao chão,
Pobres pretos mas, jamais,
Traficantes d'avião
Cujos cofres enchem mais.

Acampados no Planalto
Fazem a recepção
Ensaiando tom mais alto
Ao silêncio da União.

Capitão no futebol
Pra Covid tomar conta.
Nosso porto sem farol
E um mar que amedronta.

De chacota em chacota -
Cloroquina, tubaína -
É a nação que derrota
Indo tudo à ruína.

Passa de dezoito mil
Mortos, em vinte de maio.
Que pesadelo,  Brasil,
Teu povo cai em deslaio.

Já sem arte sai de cena,
A cultura numas Frias,
Quanta gente s'apequena
Com as novas parcerias.

São mais de vinte mil mortes
Neste dia vinte e dois
E o SUS não tem aportes
Para hoje nem depois.

Uso licença poética
Para por isso passar:
Quebro o pé, erro na métrica,
Com versos a rarear.

Luzia M. Cardoso

Gráfico da Covid-19 no Brasil:

https://br.tradingview.com/covid19/

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