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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Contrato Social



CONTRATO SOCIAL



Meus confrades e confreiras,
puxo aqui como bandeira
ter a arte como lema,
a poesia como luz.
Somos só uma centelha
nessa roda que é tão velha
quanto a rota a que conduz.

Aprendemos no caminho,
e com outros, não sozinhos.
Viajamos numa nave
e a pedra que jogamos
roda a Terra, que é redonda,
produzindo grande onda,
e dela não escapamos.

Crescemos com nossos erros,
sem razões para desterros,
pois iguais curam iguais.
Somos todos semelhantes
e a trave que apontamos
é do olho que fechamos
ao espelho à nossa frente.

Conviver é construir,
ouvindo ali e aqui;
é redefinir conceitos;
é respeitar diferenças;
é perceber com o dia
e com a noite que agonia
a crueldade da sentença.

Proponho aqui um contrato,
para juntos, nesse ato,
decidirmos, ponto a ponto,
as regras da convivência,
garantindo a equidade,
para além da amizade,
de todos, a anuência.

Para o ponto de tensão,
uma placa de atenção.
Se a via é de mão única,
peça para ultrapassar.
Calma na velocidade,
já que a serenidade
garante o bem-estar.

O comboio atrapalha,
pois parece uma muralha
que demarca a fronteira
impedindo a visão.
Quando passa, atropela
quem estava na janela
enterrando a criação.

Aos outros, como a nós mesmos,
já que tudo o que queremos
é só uma vida de paz.
Dar boiada pra contenda,
para dela não sair,
é uma forma de cair
e sangrar na mesma fenda.

Se nós causamos a dor,
seremos muito melhor
abrandando o coração
para mudarmos, de fato,
deixando de ser espinho
e a pedra no caminho
que alimenta o pugilato.

Na guerra, falsa é a vitória,
secos os louros da glória,
frente à destruição.
E o que é ignorado,
no tempo que vale ouro,
é o único tesouro
permitido do outro lado.

Nem de longe sou Rousseau
mas cultivo o amor
plantando neste jardim
uma flor especial,
embrulhada de presente.
Aqui, deixo a semente
de um contrato social.

Sou turista, de passagem,
nessa linda paisagem
que transmite alegria.
Peço, que preservem, apenas,
da alma, só a essência;
do espaço, a existência,
sempre que entrarem em cena.

Luzia M. Cardoso

Foto e poema: Luzia M. Cardoso

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