puxo aqui
como bandeira
ter a arte
como lema,
a poesia
como luz.
Somos só
uma centelha
nessa roda
que é tão velha
quanto a
rota a que conduz.
Aprendemos
no caminho,
e com
outros, não sozinhos.
Viajamos
numa nave
e a pedra
que jogamos
roda a
Terra, que é redonda,
produzindo
grande onda,
e dela não
escapamos.
Crescemos
com nossos erros,
sem razões
para desterros,
pois iguais
curam iguais.
Somos todos
semelhantes
e a trave
que apontamos
é do
olho que fechamos
ao espelho à
nossa frente.
Conviver é
construir,
ouvindo ali
e aqui;
é redefinir conceitos;
é respeitar diferenças;
é perceber com o dia
e com a
noite que agonia
a crueldade
da sentença.
Proponho
aqui um contrato,
para juntos,
nesse ato,
decidirmos,
ponto a ponto,
as regras da
convivência,
garantindo a
equidade,
para além
da amizade,
de todos, a
anuência.
Para o ponto
de tensão,
uma placa de
atenção.
Se a via é
de mão única,
peça
para ultrapassar.
Calma na
velocidade,
já
que a serenidade
garante o
bem-estar.
O comboio
atrapalha,
pois parece
uma muralha
que demarca
a fronteira
impedindo a
visão.
Quando
passa, atropela
quem estava
na janela
enterrando a
criação.
Aos outros,
como a nós mesmos,
já
que tudo o que queremos
é só uma
vida de paz.
Dar boiada
pra contenda,
para dela
não sair,
é uma
forma de cair
e sangrar na
mesma fenda.
Se nós
causamos a dor,
seremos
muito melhor
abrandando o
coração
para
mudarmos, de fato,
deixando de
ser espinho
e a pedra no
caminho
que alimenta
o pugilato.
Na guerra,
falsa é a vitória,
secos os
louros da glória,
frente à
destruição.
E o que é
ignorado,
no tempo que
vale ouro,
é o
único tesouro
permitido do
outro lado.
Nem de longe
sou Rousseau
mas cultivo
o amor
plantando
neste jardim
uma flor
especial,
embrulhada
de presente.
Aqui, deixo a semente
de um
contrato social.
Sou turista, de passagem,
nessa linda paisagem
que transmite alegria.
Peço, que preservem, apenas,
da alma, só a essência;
do espaço, a existência,
sempre que entrarem em cena.
Luzia M. Cardoso
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