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Aqui trataremos de tudo aquilo que nos emociona.

A vida, em todas as suas formas e manifestações, nos leva a fortes emoções.

Espero poder traduzir, em versos e rimas, as expressões da vida com as quais eu tiver contato.



Luzia M.Cardoso
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domingo, 26 de dezembro de 2010

Censura (José-Augusto de Carvalho)





Censura
- José-Augusto de Carvalho -


 

Meu Pai, por caridade, olhai e vêde:
está por mitigar a minha sede!
De corpo e de alma sou o que quisestes.
Na vossa decisão não fui ouvido.

Esta ânsia de cumprir-me são as vestes
que me vestistes quando fui parido.
O livre arbítrio foi uma ironia.
No barro que moldastes me definho,

cativo na masmorra escura e fria
que me determinastes por caminho.
Quisestes-me perdido até ao fim.

Negastes-me a aurora prometida.
E nada sei de mim nem por que vim...
 
Que desvario esmaga a minha vida?

(In, Carvalho, José-Augusto. Da Humana Condição.
Portugal, São Mamede de Infesta: Edium Editores, 2008. P 37)


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