Censura
- José-Augusto de Carvalho -
Meu Pai, por caridade, olhai e vêde:
está por mitigar a minha sede!
De corpo e de alma sou o que quisestes.
Na vossa decisão não fui ouvido.
Esta ânsia de cumprir-me são as vestes
que me vestistes quando fui parido.
O livre arbítrio foi uma ironia.
No barro que moldastes me definho,
cativo na masmorra escura e fria
que me determinastes por caminho.
Quisestes-me perdido até ao fim.
Negastes-me a aurora prometida.
E nada sei de mim nem por que vim...
Que desvario esmaga a minha vida?
(In, Carvalho, José-Augusto. Da Humana Condição.
Portugal, São Mamede de Infesta: Edium Editores, 2008. P 37)
- José-Augusto de Carvalho -
Meu Pai, por caridade, olhai e vêde:
está por mitigar a minha sede!
De corpo e de alma sou o que quisestes.
Na vossa decisão não fui ouvido.
Esta ânsia de cumprir-me são as vestes
que me vestistes quando fui parido.
O livre arbítrio foi uma ironia.
No barro que moldastes me definho,
cativo na masmorra escura e fria
que me determinastes por caminho.
Quisestes-me perdido até ao fim.
Negastes-me a aurora prometida.
E nada sei de mim nem por que vim...
Que desvario esmaga a minha vida?
(In, Carvalho, José-Augusto. Da Humana Condição.
Portugal, São Mamede de Infesta: Edium Editores, 2008. P 37)
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