Da Vaga
A queda é
livre,
O chão,
pressuposto.
Era como que, solta, no fluxo do rio,
Ouvisse dizer: - Vá encontrar o
horizonte.
Sem mesmo pensar, aceitar o desafio,
Esbarrando em barreiras, com quedas adiante...
Era como que, largada por qualquer
nave,
Bem ao meio do nada e sem gravidade
E, lá, sem ter chão, não há sentido
ter trave,
Não tendo, do tempo, sinais de
amizade...
Era como que palha ardendo em chamas,
Achasse ser arte ser a cor do
estalido,
Com corpo disforme pela vida em
tramas...
Vincada a alma ao corpo por um fio,
Tendo metros à frente a seguir combalido...
Era como que presa daquele vazio.
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