Varando Ventos
Ventos que me levam a nunca mais.
Vendavais que volteiam o mês de agosto.
Vão-se folhas e meus sonhos pros umbrais.
Velando-os, vario nesse posto.
Ventos que arrastam os temporais,
Vozes que ressoam em minha mente,
Vertem sombras, ficando tão reais.
Vagueando, sinto-me dissidente.
Viajo... Vazo o tempo, pulo o muro,
Violando um vazio batismal.
Vadia, eu me lanço no escuro.
Voo ao valo, volante... Vital .
Vastas são as nuvens... Descem em pranto.
Violentas, isolam-me num canto.
Luzia M. Cardoso
Poema e foto
Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário